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A incerteza da remarcação de viagens canceladas durante a pandemia da Covid-19 aflige manauaras

A ANAC orienta que se o passageiro tiver algum problema com seu voo, é necessário que procure os canais de atendimento da empresa aérea
Foto: Reprodução/ Internet

Com a pandemia, o setor de turismo diminuiu o fluxo de viagens e muitas pessoas tiveram que adiar ou remarcar seus destinos. No Amazonas, logo após confirmação do primeiro caso de Covid-19, para frear o aumento de casos, viagens aéreas e passeios locais também foram paralisados.

Essa situação logo atingiu os planos do manauara Ricardo Malaquias, de 27 anos. Ele sempre quis trabalhar em outro país, até que conseguiu uma proposta em Lisboa. Em novembro de 2020, sua passagem já estava comprada. Ansioso para embarcar ao destino, o técnico de refrigeração não imaginava que os planos mudariam tão repentinamente. “Quando chegou o mês da minha viajem, as fronteiras estavam fechadas. Não podiam mais receber visitantes, era lockdown. Então, tive que cancelar minha passagem, de valor muito alto por sinal. Essa situação me prejudicou no reembolso reduzido”, contou.

Ricardo havia planejado seu destino meses antes. Ele conta que a circunstância foi bastante frustrante. “Eu criei uma expectativa muito grande, isso foi ruim. Essa teria sido uma ótima oportunidade para trabalhar fora e ainda poder conhecer outro lugar. Quando isso tudo passar, eu ainda pretendo viajar. Espero que a pandemia acabe logo”, completou.

Uma pesquisa britânica demonstrou que viajar gera muitos benefícios para a saúde, entre eles estão: melhora na qualidade do sono; diminui a pressão arterial, o que minimiza o risco de infarto e aumenta a absorção de vitaminas; e mais disposição física. “Nos matamos em estudos e, logo em seguida, trabalho e mais trabalho. Não percebemos, mas isso nos adoece psicologicamente. Viajar é uma terapia, um remédio”, acrescentou Ricardo.

Ricardo Malaquias antes da pandemia no Brasil (em Jericoacoara)

Quem também estava com passagem comprada, com destino a São Paulo, era Verônica Vasconcelos, de 55 anos. A cearense, que mora em Manaus, não acreditou quando recebeu a notícia do adiamento do voo, por telefone. “Eu iria viajar dia 26 de janeiro, mas a Gol me ligou dizendo que minha passagem estava adiada. Meu coração ficou desesperado. Não conseguia ligar de jeito nenhum para saber o porquê, tive que ir no aeroporto para entender. Chegando lá, eles falaram que devido à Covid-19, Manaus tinha crescido nos casos e estavam diminuindo a quantidade de pessoas nos voos. Acabei deixando em aberto para uma outra ocasião. Fiquei muito triste, queria muito ver meu filho”, disse.

Verônica relatou que, ao chegar no aeroporto, encontrou uma aglomeração de pessoas querendo resolver a mesma situação. E alguns estavam chorando dizendo que não poderiam deixar de viajar. “Olhando a situação, ao mesmo tempo que eu achei ruim, veio a sensação que era o melhor a ser feito. Eu já tive Covid-19 e sei como é ruim. Estou conformada, foi a vontade de Deus. O importante é que minha viagem está em aberto, vou conseguir ver meu filho de outro jeito”, afirmou.

Verônica Vasconcelos com o filho- Foto: Reprodução/ Facebook

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil, para que os voos sejam realizados, medidas sanitárias necessárias foram adotadas. A ANAC tem atuado em sintonia com o Ministério da Saúde, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), empresas aéreas e administradores aeroportuários. A Agência orienta que se o passageiro tiver algum problema com seu voo, primeiro é necessário que procure os canais de atendimento da empresa aérea. Se, mesmo após procurar a empresa aérea, o problema persistir e o passageiro entender que teve um direito desrespeitado, acesse a plataforma consumidor.gov.br e registre a sua manifestação.

Texto: Karol Maia

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