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Acará-Disco é campeão no Festival do Peixe Ornamental de Barcelos

O cardume amarelo e preto conquista seu 13º título no festival com uma diferença de 3,6 pontos no resultado parcial.
Momento de entrada. Foto: Wigder Frota
Momento de entrada. Foto: Wigder Frota

Momento de entrada. Foto: Wigder Frota

O Acará-Disco, popularmente conhecido como “Bolachão”, se consagra como campeão do 26º Festival do Peixe Ornamental de Barcelos, a 401 quilômetros de Manaus em linha reta, na noite deste domingo (26).

A agremiação venceu o peixe Cardinal, adversário na disputa, com 599,2 na pontuação total, contra 595,6 do seu concorrente, totalizando uma diferença de 3,6 pontos.

Em 2020 o cardume amarelo e preto defendeu o tema ‘Nagô: Caminhos da Fé’.

Com a vitória, o Acará-Disco conquista seu 13º título, quebrando a sequência que estava tendo contra o Cardinal.

Parceria

A conquista do título lavou a alma do torcedor, mas para isso, a agremiação contou com uma ajuda de peso na parte artística. Um dos reforços foi o folclorista Ricardo Pegueite, do Boi Garantido, que trabalhou diretamente na encenação do espetáculo.

Além de Pegueite, o cardume também contou com o pajé do Boi Garantido, Adriano Paketá, Raony Silva, também do boi vermelho, e Nathaly Costa, coreógrafa do Boi Caprichoso, na parte coreográfica.

Entrada

Logo de cara, os jurados já se encantaram com a entrada do Acará-Disco na arena. Uma comissão de dançarinos protagonizavam cenas que lembravam a época da escravidão como tortura e sessões de chibatadas.

Foto: Wigder Frota

A concepção foi de Nathaly Costa, emocionando a todos que estavam presentes.

Nagô: Caminhos da Fé

A palavra Nagô é originária da África, denominando os negros falantes da língua ioruba que foram escravizados, grande parte da Nigéria.

O Acará-Disco trouxe a proposta de ressaltar a luta da comunidade negra na Amazônia e no Brasil, destacando o preconceito e o racismo, e claro, a influência por meio da religiosidade através da raiz de matriz africana através por meio do sincretismo, uma assimilação dos orixás com os santos católicos colocado em prática em território brasileiro pelos escravos que vieram da África.

Eles eram proibidos de cultuar sua verdadeira religião e viam nos santos católicos alguns orixás, por exemplo, São Sebastião é similar ao orixá Oxóssi.

Imagem: Divulgação

Rompendo fronteiras

O fotógrafo Wigder Frota, que mora em Nova York, cruzou o oceano para documentar o festival e declarar seu amor pelo Acará-Disco. Ele agradeceu o acolhimento da população de Barcelos para com sua pessoa.

“Ainda estou em êxtase absoluto, foi lindo demais. O carinho dos barcelenses é algo indescritível. Obrigado por tudo”, comentou Wigder.

Wigder Frota em Barcelos. Foto: Reprodução/Facebook

Wigder Frota também é reconhecido por documentar diversas manifestações culturais, entre elas, o Festival Folclórico de Parintins e o carnaval do Rio de Janeiro, sua terra-natal.

Por João Paulo Castro

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