Advogado, deputado federal e presidente da comissão especial da reforma da Previdência na Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), concedeu entrevista na tarde desta sexta-feira (11), ao programa ‘Resenha Política’, apresentado pela jornalista Arthemisa Gadelha, e com a participações dos comentários políticos, Helso Ribeiro e Afrânio Soares.
Dentre os temas discutidos estiveram: Zona Franca de Manaus, mudança de partido, desavenças políticas e claro, a possível candidatura a prefeitura de Manaus, da qual ele descarta no momento, ou pelo menos desconversa quando questionado. “É uma coisa da qual não tenho pretensões, no momento, estou me dedicando as questões em Brasília” afirma.
Marcelo Ramos Rodrigues nasceu em 29 de agosto de 1973 na Santa de Misericórdia em Manaus, é casado e pai de três filhos, pós-graduado em Direito Processual Civil pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), já foi vereador, e participou das ultimas eleições como candidato a prefeito de Manaus e a vice-governador do Amazonas, ambas com derrotas. Atualmente encontra-se como vice-presidente regional do Partido Liberal (PL).
Considerado por alguns como um parlamentar de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), o deputado lembra que ainda possui bons diálogos e aproximação com peças fundamentais em Brasília, mas precisamente na Câmara dos Deputados, com o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM).
Marcelo diz ainda que quando iniciou seu mandato em Brasília, mas precisamente como presidente na CCJ, encontrou um espaço de confronto entre bolsonaristas e petistas, e que coube a ele apaziguar os ânimos para focar nos assuntos primordiais para economia do Brasil. “Mudei minha forma de ver o mundo, minhas trocas para outros partidos refletiu muito nisso, sou um liberal atualmente”.
Durante a entrevista foi citado por nossos comentaristas a atual popularidade que Ramos vem recebendo por grande parte da mídia, e principalmente dentro do cenário político – o site Congresso em Foco, por exemplo, colocou ele como um dos 10 deputados mais influentes atualmente, em uma casa que possui, 513 parlamentares – em relação a isso ele faz a seguinte síntese. “Aproximei-me do grupo dos fortes e saí do bolo do geral”.
Sobre assuntos recorrentes, Ramos não se abstém, mas também não se aprofunda. Em relação ao ministro Paulo Guedes, ele diz: “Vamos ter problema com ele o tempo inteiro em relação a ZFM, mas ele tem um plano do qual eu totalmente discordo, inclusive, mas a verdade que ele tem um foco”.
Já sobre o caso envolvendo o enteado do prefeito de Manaus, Arthur Neto, o parlamentar comenta: “Temos primeiro que ter o cuidado com as famílias que sofrem, e o prefeito que colocou a política no caso. Quebrando o sigilo telefônico acredito que resolve boa parte do caso”.
Questionando sobre para quem ele “não descascaria o tucumã”, ele afirma: para o presidente Bolsonaro, devido à forma como ele trata o país. Já para quem ele ‘descascaria o tucumã’ ele diz: Rodrigo Maia, pela forma como vem conduzindo a Câmara atualmente.
