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Alerta: Governo e Prefeitura não têm receita suficiente para manter auxílios por muito tempo no AM, dizem economistas

Especialistas analisam impactos do auxílio estadual e municipal na economia do Amazonas

O auxílio emergencial do Governo Federal acabou em dezembro de 2020, mas a pandemia não. Foram cerca de 68 milhões de brasileiros que ficaram sem esse auxilio e entraram em vulnerabilidade social. Para mudar esse cenário no Amazonas, recursos começam a beneficiar a população do Estado a partir de fevereiro. São dois auxílio: o municipal de R$ 200,00, que será concedido por 12 meses para 40 mil beneficiários, totalizando R$ 96 milhões, e o estadual de R$ 600,00 para 100 mil pessoas, por três meses, totalizando R$ 60 milhões. Juntos, os dois programas injetarão um total de R$ 156 milhões na economia amazonense.

De acordo com a economista Denise Kassama, vice-presidente do Conselho Federal de Economia (COFECON), ambos os recursos irão minimizar os impactos econômicos das medidas de combate à Covid-19 sobre as famílias. “Os benefícios são extremamente importantes e oportunos, pois irão movimentar a economia regional. Os recursos serão utilizados para consumo de bens e serviços locais, movimentando a cadeia produtiva gerando renda e emprego na escala. Entretanto, reforço que tais medidas deveriam ser acompanhadas de projetos que estimulem o empreendedorismo e a geração de empregos”, afirmou a especialista.

“Esse universo de 140 mil Famílias que serão beneficiadas, por meio dos auxílios municipal e estadual, poderá representar, em média, 560 mil pessoas atingidas, numa distribuição per capita de R$ 120,00 por cada membro da famíli ao mês. Ou seja, pouco representativo se considerarmos como beneficiários a população da capital, apenas, de mais de 2 milhões de habitantes”, pontuou o economista Sóstenes Cruz, que completou dizendo: “essa medida paliativa vai precisar ser avaliada melhor. Os parâmetros utilizados, inicialmente, não são confiáveis ou realísticos”.

Para o consultor econômico Ailson Rezende, criar mecanismos para a sobrevivência das famílias era preciso para manutenção de empregos e geração de renda. “Este valor alimentará os pequenos negócios, como feiras, mercados, minimercados, drogarias, farmácias e revenda de produtos alimentícios, produtos de higiene e limpeza, fazendo nossa economia girar”, explicou.

Entretanto, Rezende faz um alerta à população. Segundo ele, os governo: federal, estadual e municipal não possuem receita suficiente para manter estes programas de auxílio por muito tempo. “É importante lembrar que as receitas dos governos são os impostos e as contribuições, que estão comprometidos com os serviços que devem ser ofertados gratuitamente à população como saúde, educação e segurança. Além das transferências de renda para aposentadorias e benefícios oficiais”, contou.

Texto: Karol Maia

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