Uma aluna negra da escola particular, em Jundiaí, interior de São Paulo, teve sua imagem coberta em uma publicação da instituição nas redes sociais. A foto, publicada no Dia da Consciência Negra, já foi apagada e substituída pela original em que a criança aparece, depois de gerar revolta entre familiares da aluna e outros internautas.
Na foto original, o colégio preferiu destacar as outras três alunas brancas e esconder a vítima sob uma frase sobre a importância de fazer amizades na escola, do educador Paulo Freire.
Segundo Elenita Maria Rocha, mãe da aluna, a filha ficou especialmente triste, após ver que tinha sido tampada da foto. Ela inclusive fez um comentário na publicação, questionando o motivo de ter sido excluída da imagem. O episódio parece ter abalado a menina, segundo a mãe.
“Ela não quer que eu saia, quer que eu fique sempre junto com ela. E ela sempre foi uma criança muito expansiva, sempre conversou muito. Então eu tenho notado essa insegurança dela”, disse.
Os pais da menina fizeram um boletim de ocorrência contra o colégio e vão entrar com ação na Justiça por danos morais. Em nota, o Colégio Domus Sapiens afirmou que a postagem foi feita por uma agência de publicidade e que outras já foram feitas sob o mesmo molde, cobrindo o rosto de alunos. A escola também afirmou que não segue um critério racial para publicar as fotos.
Com informações R7
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