Depois de a Petrobras anunciar novo reajuste de 14,2% no preço do diesel, caminhoneiros cobram uma posição do presidente Jair Bolsonaro (PL) e voltam a falar em greve.
Em nota ao site Metrópoles, Wallace Landim, o Chorão, um dos líderes da greve dos caminhoneiros em 2018, apontou que a “grande falha e incompetência” do governo Bolsonaro foi não ter reestruturado a estatal e suas operações no início do mandato. A estatal reajustou o preço do litro da gasolina vendido às distribuidoras de R$ 3,86 para R$ 4,06. No caso do diesel, a alta foi de R$ 4,91 para R$ 5,61. O aumento passa a valer a partir deste sábado (18/6).
O presidente do Sindicato de Transportadores Autônomos de Ijuí (RS), Carlos Alberto Litti Dahmer, disse ao site que cobrou “intervenção” do governo federal na Petrobras. “Enquanto o presidente não tiver a coragem e a capacidade de intervir na maior estatal do país, isso vai se perpetuar”.
Litti ressaltou que o reajuste tem alto impacto no bolso do consumidor. “Além do preço da gasolina, aumenta o custo do gás e da comida no prato dos cidadãos. É insuportável para todos, precisamos dar um basta nisso”, completou.
Outro incomodado é o caminhoneiro Jair Volnei Martins Marques, do Sindicato Caminhoneiros Três Cachoeiras (RS), o qual defende que, apesar de a mudança ser motivo de angústia para todos os cidadãos, no setor de transportes, a preocupação é ainda maior.
Desde agosto de 2019, o preço do diesel vendido pela Petrobras às refinarias já subiu 168%, segundo levantamento feito pela reportagem com dados da estatal. De acordo com registro da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o litro do diesel chegou a ser encontrado, no último mês, a R$ 8,69 nos postos de combustíveis. Hoje, o preço médio está em R$ 6,88.
Com informações do Metrópoles
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