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Ataque aos povos indígenas é denunciado pelo Cimi na ONU

Denúncias foram feitas na 50ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, e contou organizações indígenas e da sociedade civil
(Foto: Reprodução)

Genebra (Suíça) – Denúncias foram feitas durante a 50ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com a participação de representantes de organizações indigenistas e da sociedade civil, entre elas o Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

Na 50ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos (CDH), o Cimi denunciou massacres contra os povos indígenas. Entre outros objetivos, o encontro teve focou em debater direitos humanos envolvendo os Estados-membros da ONU. 

Foi frisado, ainda, o assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista do The Guardian, Dom Dom Phillips, mortos em emboscada no Vale do Javari, no Amazonas.

Além de Bruno e Dom, foi destacado a importancia de mover a atenção para casos como: o assassinato de Edivaldo Manuel de Souza, do Povo Atikum; o massacre no Rio Abacaxis na Amazônia; e o assassinato dos indígenas Chiquitanos, somados ao massacre do povo Guarani e Kaiowá.

O assessor internacional do Cimi, Paulo Lugon Arantes foi quem delatou a denúncia durante o painel de debates sobre “Efeitos adversos das mudanças climáticas sobre os direitos humanos das pessoas em situação de vulnerabilidade”.

Para o Cimi, os assassinatos de Bruno e Dom Phillips revelam o que o Brasil se tornou. “A Polícia confirmou em apenas 48 horas, que não havia mandantes nesses dois assassinatos, desconsiderando denúncias da organização indígena local, o que torna a impunidade a maior segurança para quem mata e, principalmente, para quem manda matar no Brasil”, alertou.

Ainda de acordo com o Conselho, a política anti-indígena adotada pelo atual governo, junto à criminalização dos defensores de direitos humanos são fatores que agravam a violência contra os povos indígenas no Brasil, intensificadas pela não demarcação e proteção dos territórios tradicionais.

Em todas as quatro declarações no evento, foram enfatizadas as ameaças contra os indígenas e suas organizações.

A 50ª sessão ordinária do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU iniciou na segunda-feira – 13 de junho de 2022 – e se estende até o dia 8 de julho deste ano, em Genebra, na Suíça

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