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Atletas veteranas se preparam para edição especial da Travessia Almirante Tamandaré

As atletas Jéssica Santos, 34, e Yuri Sasai, 50, contaram um pouco da preparação visando a Travessia Almirante Tamandaré. Saiba mais
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Manaus – Atravessar o rio Negro a nado é uma tarefa encantadora e igualmente desafiadora para qualquer atleta. Mas para as veteranas Jéssica Santos, 34, e Yuri Sasai, 50, o rio de águas escuras já é como se fosse uma espécie de “segunda casa”. Elas contam como está sendo a preparação para participar da edição especial da Travessia Almirante Tamandaré, que em 2020, completará nada menos que 50 anos de existência. A prova faz parte da programação do Rio Negro Challenge, que será disputado nos dias 12 e 13 de dezembro.

No dia 12 (sábado) haverá a disputa do Relay (revezamento), quando equipes de três atletas vão nadar – cada um – a distância de 500m. No domingo, 13, serão realizadas as provas de 2 quilômetros e 4 quilômetros, além da travessia, que tem a distância de 8,5 quilômetros, em linha reta. As inscrições estão abertas no site www.rionegrochallenge.com.br

Jéssica Santos conta que já nem lembra mais quantas vezes já participou da Travessia Almirante Tamandaré. “Eu faço a travessia desde criança, então faz tempo que já perdi a conta. É uma prova que mora no coração. Como atleta foi o primeiro grande desafio que tive na vida. Na época eu tinha apenas 11 anos e as crianças nadavam apenas a metade do percurso, quatro quilômetros e meio”, explica a triatleta. “Eu lembro que era algo assustador e ao mesmo tempo surreal para gente, porque a gente ia treinar no rio, em grupo várias vezes antes, e no dia da prova, a gente largava de uma balsa no meio do rio. Tinha que pular da balsa e sair nadando. Para uma criança pequena isso é assustador. Mas sempre foi um prazer participar. Só os treinos já eram emocionantes”, lembra Jéssica, que entre os grandes feitos da carreira foi campeã mundial de Aquathlon.

Jéssica é de uma época menos “ecológica” da prova. Do tempo em que os guias usavam pequenos barcos a motor para acompanhar os atletas. “Tinha aquele cheiro de gasolina e o medo de tocar a hélice do motor. A gente ficava com esse medo, mas eu lembro muito da emoção de chegar. A gente passava por duas balsas enormes até chegar à Ponta Negra e o público ficava todo esperando. O que não mudou foi o público que continua ali. E quando você chega, quando você bota os pés na terra, parece que você está chegando de uma viagem da Lua à Terra de tanto tempo que você passa nadando”, brinca.

Sasai, que também é triatleta e já foi campeã brasileira nos 100 metros borboleta, conta que está indo para a sua quinta travessia. Ela participou de todas as edições da prova, desde 2016, quando passou a fazer parte da programação do Rio Negro Challenge. Naquele ano, ela foi a grande campeã aos 46 anos, se tornando recordista como a mais mulher mais velha a vencer a Almirante Tamandaré, sob a gestão do Rio Negro Challenge.

Sasai conta um pouco sobre como é a rotina de treinamentos para mais este desafio. “Eu foco nos três últimos meses antes da prova. Mas durante o ano a gente pedala, corre e nada. Quando são os últimos três meses antes da prova, eu deixo um pouco de lado corrida e o pedal, mas continuo fazendo”, conta.

Triathlon

Praticantes de triathlon, elas revelam como a modalidade ajuda na preparação para a travessia. “Toda atividade física te dá preparo físico, e vai trabalhar musculaturas diferentes. Cada modalidade trabalha musculaturas que talvez você não chegasse a trabalhar só nadando. E também porque a gente é acostumada a superar desafios no triatlo. Então a travessia é um desafio, mas não é algo assim tão difícil para quem já fez um meio Ironman ou provas longas. Então ajuda nesse sentido”, opina Jéssica.

“Acho que a bicicleta ajuda bastante, corrida, e tem a questão psicológica, então a gente (os triatletas), teoricamente já têm o psicológico mais apurado, porque tem que ter uma cabeça boa para atravessar a Almirante Tamandaré. Não é assim de um dia para a noite”, pontua Sasai.

Esporte na pandemia

Em tempos de pandemia, Sasai e Jéssica sofreram por não poder praticar as modalidades que tanto amam. Jéssica conta que corria na escadaria de emergência do prédio em que mora para manter a forma. Sasai revela que precisou improvisar na ginástica em casa. Tudo isso serviu para mostrar o quanto o esporte é imprescindível na vida das duas.

“Eu fiquei quase um ano sem nadar do ano passado para cá. Eu tinha parado em outubro e voltei agora, em setembro. Eu percebi que não consigo ficar sem nadar. Eu desconfiava, só que agora eu tive certeza. Eu não sou Jéssica Santos sem ser triatleta, nadadora. Quando estou praticando esporte estou feliz de verdade”, diz Jéssica.

“O esporte na minha vida sempre foi uma válvula de escape. Para começar o dia a gente nada e já estou ótima para trabalhar o resto do dia. Nessa pandemia eu fiquei angustiada dentro de casa, sem poder treinar. Com a pandemia, tudo ficou desequilibrado: corpo, alimentação e mente. E por isso, quero dar um exemplo para os jovens que o esporte resgata parte do equilíbrio do nosso corpo. Ele traz disciplina com a rotina, responsabilidade, assim como desenvolve a coordenação, agilidade, força, além da sociabilização real e não virtual, que hoje em dia a maioria dos adolescentes vivem no mundo virtual. Eu recomendo esporte para todo mundo”, finaliza Sasai.

Com informações da Assessoria
Foto: Divulgação

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