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Bolsa de valores fecha em alta e atinge maior patamar desde março

Entre as maiores altas do pregão da B3 estão os papéis da CVC (10,55%), B2W (8,63%) e Qualicorp (7,38%). Já na ponta negativa, apareciam as ações da Natura, com queda de 1,55%.
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O otimismo no exterior fez com que o Ibovespa iniciasse a semana com a maior pontuação dos últimos quatro meses. O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão desta segunda-feira, 6, com alta de 2,24%, em 98.937 pontos. É o maior nível desde 5 de março quando o indicador ficou em 102.233 pontos. Nos Estados Unidos, o movimento não foi diferente: o S&P 500 subiu 1,59%, enquanto Nasdaq avançou 2,21% e Dow Jones, 1,78%. O bom humor é reflexo dos mercados asiáticos.

“As bolsas subiram devido ao ambiente global mais otimista”, explica Bruno Lima, analista de renda variável da EXAME Research.

A explicação é que o governo chinês publicou no China Securities Journal, veículo oficial do país, que a recuperação da China passa por um mercado de ações forte e saudável. Desta maneira, o país conseguirá enfrentar os rivais num cenário de forte competição global pós-pandemia. Segundo o editorial, a economia chinesa está se recuperando, enquanto passa por uma reforma e atrai dinheiro doméstico e externo, abrindo espaço para um mercado em alta.

O comentário apontando suporte do governo ao mercado acionário fez com que os índices acionários fechassem em alta pela quinta sessão seguida. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 5,67%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 5,71%.

Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos, acrescenta que o anúncio da China fez com que investidores comprassem ações, com reflexos positivos para vários setores da bolsa brasileira.

Entre as maiores altas do pregão da B3 estão os papéis da CVC (10,55%), B2W (8,63%) e Qualicorp (7,38%). Já na ponta negativa, apareciam as ações da Natura, com queda de 1,55%.

Por sua vez, a alta de 14,38% da Cosan na Nyse pode ser explicada pela proposta de reorganização societária divulgada nesta segunda e antecipada pela EXAME In, no sábado. Tal reestruturação tem como objetivo simplificar a estrutura do grupo, unificando e consolidando os diversos free floats das companhias, com aumento de liquidez.

No mercado interno, pesava ainda sobre a bolsa brasileira as declarações de Paulo Guedes. Em entrevista à CNN Brasil, o ministro afirmou que se concentra em programas para atacar “frontalmente” o desemprego, acrescentando que nos próximos “30, 60, 90 dias” o governo fará três ou quatro “grandes” privatizações.

Guedes não informou quais empresas serão privatizadas, mas que “seguramente”, os Correios estariam na lista. O ministro acrescentou que 2020 será um ano excelente para as subsidiárias da Caixa Econômica Federal fazerem uma “grande” oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no valor de 20 bilhões a 50 bilhões de reais. Por fim, disse ainda que a reforma tributária será enviada ao Congresso ainda neste ano.

“Como as eleições foram postergadas para novembro, haveria uma janela para apreciação e votação da reforma tributária neste ano, como já indicou Guedes”, diz Jefferson Laatus, fundador da Laatus.

Cristiane Fensterseifer, analista de ações da Spiti, destaca ainda que Warren Buffett, o investidor mais famoso do mundo, investiu 10 bilhões de dólares em uma empresa de energia.

Exame

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