O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pensa em extinguir o pagamento anual do abono salarial do PIS/Pasep para poder aumentar o valor médio do Bolsa Família de R$ 190 para R$ 300.
Hoje o abono salarial é de até um salário-mínimo (atualmente, em R$ 1.100) pago uma vez por ano a 25 milhões de trabalhadores com carteira assinada e renda mensal de até dois salários mínimos.
Segundo informações do ministério, alguns técnicos da equipe econômica do Ministério da Cidadania têm mostrado para Bolsonaro que a extinção do abono salarial garantiria pelo menos mais R$ 20 bilhões ao orçamento do Bolsa Família, atualmente em R$ 35 bilhões.
Com R$ 55 bilhões, o governo conseguiria criar um novo programa social com valor médio do benefício de R$ 300, sem se preocupar com regras fiscais.
O Portal Tucumã conversou com o economista Marcus Evangelista que explicou que a mudança será benéfica para os cadastrados do programa social.
“Esse tema é algo sempre muito delicado, pois as pessoas querem sempre querem algo imediato e esquecem que há toda uma conjuntura por trás de um abono e de uma Bolsa Família. Onde temos milhares de pessoas que contam com esse recurso, porém do outro lado da moeda, temos que ver também o próprio recurso, onde nós estamos ainda em um processo de enxugamento da máquina pública para após isso sobrar dinheiro para esse tipo de gasto, nós acreditamos que sim, o governo está tomando sim as suas tratativas e com certeza, o resultado vai ser melhor para todos que utilizam esses apoios sociais para garantir aí, o mínimo de subsistência para sua família”, explicou Marcus.
O aumento do valor médio do Bolsa Família depende de aprovação do Congresso. Entretanto, a decisão do governo de prorrogar o auxílio emergencial por até três meses garantirá os recursos necessários para pagar um benefício com valor médio de R$ 300 ainda em 2021.
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