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Cabeleireiros e preparadores físicos estão no impasse sobre a volta ao trabalho

Em meio à pandemia, os profissionais dessas áreas ainda têm algumas preocupações em relação ao contágio por coronavírus.

Nesta semana, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) decretou que salões de beleza, barbearias e academias fazem parte dos serviços essenciais. Portanto, podem voltar ao trabalho.

Em meio à pandemia, os profissionais dessas áreas ainda têm algumas preocupações em relação ao contágio por coronavírus. No entanto, a falta de dinheiro já obriga esses trabalhadores a retomarem suas atividades, ainda que de maneira reduzida.

Este é o caso de uma proprietária de um salão de beleza localizado no bairro Cidade Nova, Zona norte, Eliete Gonçalves. “Parada” há quase dois meses, ela conta que vai abrir o seu empreendimento aos poucos e somente para as clientes mais antigas. “No próximo domingo eu completo 60 dias com o salão fechado. Por isso, na segunda-feira vou começar com os agendamentos de novo. Nunca imaginei ter um prejuízo tão alto, não apenas para mim, mas também para as minhas quatro funcionárias que precisei dispensar por não ter como pagar”, afirmou.

Também proprietário de um salão de beleza, mas no bairro Santo Agostinho, Zona Oeste, Kennedy Afonso informou que pretende abrir seu estabelecimento no próximo mês. “Precisamos trabalhar porque as contas não estão de quarentena. Então aqui no salão vamos voltar com o máximo de cuidado possível e atendendo, no máximo, duas pessoas por vez. Todos nós já usávamos máscaras e luvas, vamos continuar usando e fazer questão que os nossos clientes também usem”, comentou. “Além disso, os quatro cantos do salão terão garrafinhas com álcool em gel, principalmente na entrada”, completou.

Por outro lado, o preparador físico Matheus Dias está um tanto receoso com a volta ao trabalho. Ele costuma atender clientes em domicílio e alguns possuem os próprios equipamentos ou utilizam os oferecidos por seus condomínios.

Segundo ele, muitos de seus alunos já pediram para voltar aos treinos, mas o professor não se sente muito seguro ainda. “Meus equipamentos sempre são higienizados após o uso. No entanto, eu não sei como é esse processo em uma academia de condomínio, eu não sei quem passou por ali e como manuseou o aparelho” declarou. “Por isso, para garantir a segurança dos meus alunos, prefiro esperar mais um pouco e os oriento com treinos que podem ser feitos sem a necessidade da minha presença, mas em casa e com total cuidado”, reforçou.

Decreto

O Governo do Amazonas prorrogou até o dia 31 deste mê, a suspensão do funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços não essenciais e de recreação e lazer. O novo decreto estabelece uso obrigatório de máscara e penalidades, como multa diária de R$ 50 mil para pessoas jurídicas que não cumprirem as determinações.

O decreto mantém a proibição de funcionamento, até o dia 31 de maio, das atividades de todas as academias e centros de ginástica, bem como outros estabelecimentos similares; o atendimento ao público em geral de todos os restaurantes, bares, lanchonetes, praças de alimentação e similares; e o funcionamento de salões de beleza, barbearias e similares. Os prazos administrativos no âmbito do Estado continuam suspensos pelo mesmo período.

Outras atividades permanecem suspensas até a revogação do decreto: visitação a pacientes internados com Covid-19; funcionamento de todas as boates, casas de shows, casas de eventos e de recepções, salões de festas, inclusive privados, parques de diversão, circos e estabelecimentos similares; e o funcionamento de todas as igrejas, templos religiosos, lojas maçônicas e estabelecimentos similares.

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