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“Canalhas, patifes e podres, só vão sossegar quando verem meus filhos presos”, diz Bolsonaro sobre TV Globo

Assim que acabou o Jornal Nacional, da TV Globo, que levou ao ar uma reportagem revelando que os acusados de matar a vereadora Marielle Franco estiveram em seu condomínio, no Rio de Janeiro, no dia do crime, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) fez uma “live” via Facebook, diretamente da Arábia Saudita – onde eram quase 4h da madrugada –, e, muito exaltado, fez uma série de criticas contra a emissora.

 Acusou a rede de fazer um “jornalismo podre e canalha”. Sobrou também para o governador do RJ, Wilson Witzel (PSC), que, segundo o presidente, teria vazado o processo sobre o assassinato para a TV Globo.

Bolsonaro ressaltou que jamais poderia estar na sua casa no condomínio, uma vez que estava em Brasília participando de sessões da Câmara – à época, era deputado federal.

Segundo ele, o porteiro do condomínio, que, de acordo com a reportagem, teria dito que um dos envolvidos no caso, o ex-policial militar Elcio Queiroz, teria anunciado na portaria que iria à casa 58, de propriedade de Bolsonaro, mas acabou indo para a de Ronnie Lessa, outro envolvido, teria sido forçado a dar esta declaração ou não leu o processo. “Ou ele mentiu ou o induziram a um falso testemunho”, disse o presidente.

O presidente acusou diretamente o governador Witzel de ter vazado o processo conduzido pela Polícia Civil, que corre em sigilo, para a Globo. A intenção de Witzel, segundo Bolsonaro, é destruí-lo e, assim, ficar sem um concorrente de peso nas eleições presidenciais de 2022.

Na live, o presidente mandou recados duros ao governador: “O senhor só se elegeu governador porque ficou o tempo todo colado com meu filho.”, disse, para depois ressaltar que a família Bolsonaro foi traída por Witzel.

Mas a metralhadora foi apontada mesmo para a Globo, a quem o presidente ameaçou de não renovar a concessão em 2022. “O tempo todos vocês infernizam a minha vida, porra”, berrou.

“Por que querem me destruir? Por que essa patifaria? São canalhas, patifes. A morte de Marielle não vai colar [em mim]. Parem de trair o país. Vocês estão destruindo o Brasil. Mas sei porque fazem isso. Não tem mais dinheiro público para vocês. Acabou a mamata. Só converso com vocês em 2022. Estou no meu limite com vocês. Mas não tem como me pegar. É uma imprensa porca, canalha e imoral.”

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