Nas últimas semanas os usuários do transporte coletivo de Manaus vêm passando por muitos apuros com a frota que está sucateada. De ônibus parados em avenidas, por falta de manutenção, a coletivos incendiados nas vias da cidade, colocando em risco a vida dos usuários e trabalhadores.
Na manhã desta segunda-feira (22), durante sessão remota, na Câmara Municipal de Manaus (CMM), os vereadores Carlinhos Bessa, Amauri Colares, Chico Preto, Ewerton Assis e Cláudio Proença, criticaram duramente o sistema da cidade, no que diz respeito ao sucateamento da frota, bem como a superlotação nos coletivos.
De acordo com o vereador Carlinhos Bessa, os coletivos não foram liberados para circular na cidade na mesma proporção que as atividades econômicas foram retornando.
“O transporte coletivo na cidade de Manaus é uma vergonha, aglomeração. Todos os dias eu falo sobre isso. Uma voz no deserto, mas a população está ouvindo o que estou falando e sabe quem está defendendo ela, a população sabe disso. A população está igual sardinha em lata”, comentou o parlamentar, que disse que vai retornar com o assunto do transporte coletivo nesta terça-feira (23), e mencionou que há vários problemas na secretaria de transporte dentro do instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
O vereador Chico Preto disse que o sistema de transporte coletivo em Manaus é um “Cavalo de Troia”, um presente de “grego” que o prefeito de Manaus, Arthur Neto, vai deixar para à próxima gestão e para à população.
“Quero mostrar minha profunda preocupação e eu diria até indignação, de saber que a cidade de Manaus está diante de um ato que eu considero descabido, que é a possibilidade da Prefeitura de Manaus renovar na caneta e não na licitação, na caneta do prefeito, por mais dez anos, o contrato das mesmas empresas que tem as suas digitais no sucateamento do sistema de transporte coletivo”, disse Chico Preto, que complementou dizendo que o ato é um presente para essas empresas e que também é um “presente de grego”, chamando de “Cavalo de Troia”, o que essa gestão vai dar aos manauaras e a nova gestão.
Os vereadores Amauri Colares, Cláudio Proença e Ewerton Assis também se pronunciaram sobre o tema. Ewerton Assis chegou a dizer que o sistema de transporte coletivo em Manaus já é um “câncer”. Quando é que vamos ter vergonha na cara para mudar essa realidade?”, perguntou Assis.
Para Cláudio Proença pessoas que estão operando dentro do IMMU são um atraso para o avanço de ações do órgão no que diz respeito ao transporte coletivo, alternativo e executivo na cidade. “O IMMU está engessado”, disse Proença, se referindo a renovação de contratos de serviços atrelados ao órgão.
Já Amauri Colares disse que a população já está revoltada com essa situação dos coletivos. “Ônibus quebrado, o povo esperando, ônibus pegando fogo, e a população não sabe mais o que fazer. Isso é uma vergonha!”, comentou Colares enquanto mostrava algumas imagens dos coletivos com problemas na cidade, durante a sessão remota.
