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Coronel da PM é acusado de estuprar rapaz em motel; entenda

BRASIL – A Polícia Civil do Distrito Federal investiga uma confusão envolvendo um policial militar e um jovem de 21 anos, em um motel de Taguatinga, na madrugada de sábado (11). Os dois envolvidos acabaram presos: o PM por suspeita de estupro e o rapaz por atirar com a arma do policial.

O militar, Edilson Martins da Silva, de 47 anos, acabou sendo levado para a UTI de um hospital particular em Brasília, após passar mal enquanto fazia exames no Instituto Médico Legal (IML). Já o jovem deve passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (11).

O caso foi em um motel à beira da BR-070, próximo ao Setor H Norte. A Polícia Militar foi acionada depois que uma funcionária do local ouviu tiros e viu o rapaz de 21 anos com uma arma na mão, no estacionamento do prédio.

  • Qual foi a cena encontrada pela polícia?

Quando os policiais militares chegaram ao local, encontraram o carro do coronel danificado. Segundo um boletim feito pela equipe, o veículo tinha batido na parede de uma suíte e também em um outro automóvel.

O jovem disse que tinha tentado usar o carro para sair do motel, mas não conseguiu. Quando a PM chegou, ele já estava no estacionamento, e tinha deixado o coronel no quatro, trancado.

  • O que disseram os envolvidos?

À equipe da PM, o coronel não deu informações, apenas pediu ajuda, segundo o boletim da corporação. Já o rapaz, de acordo com o documento, disse que os dois tinham comprado drogas, ido para o motel, e tido uma discussão após uma relação sexual.

A versão, no entanto, é diferente da divulgada pela família do rapaz. Em entrevista à imprensa, a mãe dele, que não quis ser identificada, disse que o filho foi coagido pelo PM a entrar no carro e ir até o motel.

“Ele foi abordado na rua. O coronel ameaçou ele (sic). Ele entrou dentro do carro sob ameaça já. Uma pessoa apontando uma arma, né? Forçando ele a fazer coisas que ele queria”, afirmou.

Ainda segundo a mãe, o filho disse que tentou fugir quando o coronel foi até o banheiro. A mulher afirma que o militar tentou impedir o rapaz que, então, teria pegado a arma e atirado, sem atingir ninguém.

Até a última atualização deste texto, a reportagem não tinha conseguido contato com a defesa do PM.

Após a confusão, os envolvidos foram levados ao IML para fazer exames. No local, segundo um ofício da Polícia Militar, o PM disse que estava passando mal e com uma lesão no nariz.

Por isso, nem chegou a ser levado ao centro de custódia da corporação e foi direto para um hospital particular, onde segue sob escolta. O relatório médico apresentado à polícia no fim de semana afirma que o coronel tem “transtorno obsessivo generalizado, depressão e esquizofrenia”.

O pedido de internação informa ainda que o paciente é dependente de múltiplas drogas, e que a briga de sábado evoluiu com surto psicótico. Segundo o documento, o militar diz ouvir vozes e sentir ansiedade, medo e ideação suicida.

A ocorrência está sendo investigada pela 12ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga Centro. O PM foi autuado por estupro. Já o jovem deve responder por disparo de arma de fogo e dano qualificado.

A Corregedoria da Polícia Militar também apura o caso. Em nota, a corporação informou que “não coaduna com nenhum tipo de desvio de conduta de seus integrantes”.

Com informações de G1

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