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Cresce iniciação sexual entre adolescentes e uso de camisinha cai no Brasil

Chances de iniciação sexual aumentaram entre as meninas e diminuíram entre os meninos. Com o desuso da camisinha, casos de ISTs aumentam
(Preservativo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Brasil – O indicador de iniciação sexual não variou tanto, ao longo dos últimos 10 anos, mas varia por sexo e rede de ensino. Para os meninos, registrou-se uma queda de 5,8% ao ano na chance de iniciação da vida sexual. Já a probabilidade para as meninas aumentou em torno de 4,0%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (13), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O percentual de estudantes do 9º ano que já tiveram relações sexuais foi de 27,9% em 2009 para 28,5% em 2019. A taxa de iniciação das meninas entre o mesmo período aumentou de 16,9% para 22,6%, enquanto a dos meninos caiu de 40,2% para 34,6%.

Entretanto, o uso de preservativo entre os jovens que já tiveram relação sexual teve um decréscimo de 51,3% contabilizado em 10 anos. Nas capitais, o percentual de escolares que usaram camisinha na última relação sexual caiu de 72,5% para 59%. Entre as meninas, foi de 69,1% para 53,5% e, entre os meninos, de 74,1% para 62,8%.

Segundo um artigo publicado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), cada vez mais, os jovens estão deixando de usar camisinha. Apesar dos alertas sobre o preservativo evitar ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) ou gravidez indesejada, diferentes justificativas aparecem e a ausência da camisinha vira hábito.

Para ter uma ideia, uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que 9 em cada 10 jovens de 15 a 19 anos sabem que usar camisinha é o melhor jeito de evitar HIV, mas mesmo assim, 6 em cada 10 destes adolescentes não costumam usar preservativo.

A falta de proteção reflete no aumento de infecções. Dados divulgados pela Universidade Federal de Minas Gerais apontam um crescimento de casos de sífilis, gonorreia e clamídia entre jovens. No Brasil, adolescentes e jovens adultos são quem mais contribuem para o aumento de casos de ISTs, apesar de representarem apenas um quarto da população sexualmente ativa. 

Para se ter uma ideia, as maiores taxas de sífilis são encontradas na faixa etária de 20 a 29 anos. Entre os jovens de 13 a 19 anos, a taxa de detecção para o quadro aumentou 1,6% entre 2010 e 2020.  

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