[views count="1" print="0"]

Delegado afastado da PF critica possível retorno do voto impresso no Brasil

As discussões sobre o assunto tornaram-se frequentes com a PEC 135/2019, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que pede a volta do voto impresso
voto impresso delegado
Foto: Reprodução/TV Globo

Manaus – O delegado Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Amazonas, usou as redes sociais na última sexta-feira (18) para falar sobre o possível retorno do voto impresso nas Eleições do Brasil.

As discussões sobre o assunto tornaram-se frequentes com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 135/2019, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), que defende a volta do voto impresso. O projeto está em análise em comissão especial na Câmara dos Deputados.

Segundo o delegado, a volta do voto impresso seria um retrocesso para o Brasil, tendo em vista que o país vive um regime democrático.

“O voto impresso será um poderoso instrumento…. Para a fraude. Um retrocesso imenso para nossa democracia. Em 18 anos de polícia, em quatro estados, nunca vi uma só informação fidedigna sobre fraude em urna eletrônica”, disse.

Em abril deste ano, Saraiva deixou o comando da superintendência depois de apresentar uma notícia-crime contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Atualmente quem ocupa a cadeira da PF no Amazonas é o delegado Leandro Almada da Costa, com aval do diretor-geral da PF, Paulo Maiurino.

Defesa

O retorno do voto impresso divide muitas opiniões. Em novembro de 2020, o senador Plínio Valério (PSDB), integrante da bancada amazonense, defendeu abertamente o retorno do voto impresso.

Plínio explica que o voto continua sendo na urna eletrônica, mas o voto é registrado em uma espécie de recibo para, em caso de denúncia de fraude, a Justiça Eleitoral possa recorrer aos recibos para conferir os boletins de urnas após o envio dos dados para a totalização dos resultados.

Pelo texto em fase final de conclusão pela consultoria legislativa do Senado, a PEC que o senador pretende apresentar para permitir a execução do dispositivo já foi aprovado pelo Congresso na minirreforma eleitoral de 2015.

“No processo de votação e apuração das eleições, dos plebiscitos e dos referendos, independentemente do meio empregado para o registro do voto, é obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas, de forma automática e sem contato manual, em urnas indevassáveis, para fins de auditoria”, disse o parlamentar na época.

Leia também: Bolsonaro volta a defender voto impresso e declara: “Democracia não tem preço”

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário