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Estado suspende transporte de passageiros para o interior

Medida isola o interior onde o único acesso é via fluvial através de barcos tipo recreio ou lanchas rápidas.
Estado / Foto: reprodução
Estado / Foto: reprodução

O transporte fluvial de passageiros no Estado do Amazonas está suspenso por 15 dias. A medida foi anunciada pelo governador Wilson Lima na entrevista coletiva concedida na tarde de hoje na sede da Fundação de Vigilância em Saúde no esforço para a contenção da propagação do novo coronavírus no interior do Estado. A única exceção é para o transporte de mercadorias e combustível, assegurando assim o abastecimento nos municípios. Lima anunciou também que o teste ao qual foi submetido para o coronavírus deu negativo.  Além da suspensão do transporte fluvial de passageiros, o Governador ampliou a suspensão das aulas nas escolas estaduais em todo o Estado. As medidas estão no decreto N° 42.087 com a data de hoje, 19 de março.

Não há precedente na história de transporte fluvial de passageiros no Amazonas.

“Nós temos uma necessidade muito grande de diminuir o máximo possível dessas viagens pra que não haja o risco dessa doença chegar ao interior onde nós temos uma população mais vulnerável, onde no interior nem sempre temos as mesmas condições de atendimento na área de saúde que aqui na capital”, afirmou Wilson Lima.

O governador afirmou já ter um plano de contingência preparado para atender possíveis casos de pacientes com coronavírus no interior com uma aeronave tipo UTI aérea para o transporte.

O transporte fluvial é o principal modal de transporte de passageiros para o interior do Estado, por meio dos chamados barcos recreios ou lanchas rápidas. Dos 61 municípios, pouco mais de 15% são servidos por transporte aéreo um tanto deficitário.

PARINTINS

A medida não atinge somente os donos de embarcações e população. Ela tem reflexo nos serviços de transportes terrestres como tricicleiros, mototaxistas, fretes, táxis, vendedores de passagens e ambulantes que atuam nos portos.

No caso de Parintins a medida atinge a sete barcos e sete lanchas rápidas, além dos barcos que fazem o transporte de passageiros entre o Amazonas e Pará. Estima-se que semanalmente passem pelo porto 3.500 passageiros. “O porto é o coração de Parintins”, afirmou o vendedor João Soares.  

Segundo o vendedor de passagens Neto Prestes da Agência Prestes, os proprietários de barcos e lanchas já vinham tomando algumas medidas, como distribuição de máscaras para passageiros com sintomas de gripe e disponibilização de álcool gel nas embarcações.

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Fonte: CNA7

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