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‘Estou à disposição das autoridades’, diz Saullo Vianna sobre operação da PF

O deputado Saullo Vianna (PTB) é investigado por fraude em licitação no município de Presidente Figueiredo, no ano de 2017
Saullo Vianna

Manaus – O deputado estadual Saullo Vianna (PTB) usou as redes sociais na manhã desta segunda-feira (23) para se manifestar a respeito das investigações da Operação Ponto de Parada, deflagrada pela Polícia Federal (PF) com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Segundo a PF, duas empresas concorreram a uma licitação da Prefeitura de Presidente Figueiredo, no ano de 2017, para fornecimento de transporte escolar, mas uma delas “cobriu” a proposta da outra, com o intuito de dar aparência de legitimidade na concorrência.

De acordo com a investigação, o deputado era uma das concorrentes, mas ele era sócio oculto da empresa que ganhou a licitação. Saullo Vianna afirmou em nota que vai colaborar com as investigações.

“Estou à disposição das autoridades para colaborar no trabalho de investigação sobre as denúncias relacionadas a licitações em Presidente Figueiredo, em 2017. Meu trabalho como parlamentar desde 2019, quando assumi o cargo, inclusive, é fiscalizar a aplicação de recursos públicos e sou muito cioso com essa função”, falou.

Saullo Vianna afirmou que vai se inteirar dos “autos para entender o envolvimento” do seu nome na acusação. Ele é investigado por fraude em licitação, lavagem de dinheiro, associação criminosa, entre outros.

Prisão de Jender Lobato

O atual presidente do Boi Caprichoso, o advogado Jender Lobato, foi preso durante as diligências da operação.

Neste momento ele está prestando depoimento neste exato momento na Superintendência da PF, localizada na avenida Domingos Jorge Velho, bairro Dom Pedro, zona Centro-Oeste de Manaus.

Jender Lobato era o presidente da Comissão de Licitação de Presidente Figueiredo, distante a 126 quilômetros da capital, no ano de 2017, período que as possíveis fraudes aconteceram, conforme a PF.

Investigação

Conforme a PF, duas empresas concorreram a uma licitação da Prefeitura de Presidente Figueiredo, no ano de 2017, para fornecimento de transporte escolar, mas uma delas “cobriu” a proposta da outra, com o intuito de dar aparência de legitimidade na concorrência. De acordo com o laudo técnico da perícia, diversos itens restringiam o caráter competitivo da licitação.

Ficou constatado ainda que a empresa vencedora subcontratou, de maneira integral, os serviços de transporte escolar. Na ocasião, ela recebeu o montante de R$ 12 milhões e gerou um superfaturamento por sobrepreço no serviço de, aproximadamente, R$ 4 milhões.

A Polícia Federal identificou que o grupo investigado realizou saques e movimentações de elevadas quantias em espécie, à margem do Sistema Financeiro, a fim de encobrir os lucros obtidos com a prática criminosa.

Foto: Elisa Garcia Maia/Aleam

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