Nessa quinta-feira (11), o senador do Amazonas Eduardo Braga questionou o Ministro Pazuello sobre o combate à Covid-19 e a necessidade de vacinação em massa no Estado. Ao debater sobre o assunto, Eduardo lembrou que desde o início do mês de dezembro já avisava o ministro sobre a grave onda da Covid-19 que o Amazonas enfrentaria.
“Sugeri, inclusive, que o Sr. assumisse uma unidade hospitalar no meuEestado. A primeira onda deixou claro que, mesmo com recursos, não conseguiríamos evitar mortes. Fui até vossa excelência e disse (esta nova cepa é grave), e a Fiocruz e o Instituto de Medicina Tropical do Amazonas já haviam identificado isso. Avisei que se não tomasse providências para assumir a execução, nada seria executado”, afirmou o senador.
Ao citar rede pressurizada entre município e estado com relação ao oxigênio, Eduardo pediu desculpas pelo relatório divulgado, além disso, ele apontou ao ministro que a rede não existe. “Não é possível dizer que a falta de oxigênio no Amazonas foi por falta de pressão entre Redes inexistentes. Isso não é verdade”, completou.
Pazuello concordou com o senador e afirmou que só será possível ganhar a guerra contra a covid trabalhando juntos.
Óbitos não batem
“Estou com os dois relatórios dos cartórios de registros de óbitos e os números de óbitos declarados no Amazonas não são esses. Para que vossa excelência tenha uma ideia, no dia 4 de janeiro, o Amazonas enterrou 142 pessoas, em nossa média não enterramos mais do que 35. No dia seguinte, 05, nós enterramos mais de 108, e a média de janeiro foi de 113 mortos por dia. No total 3.529 amazonenses morreram no mês de janeiro e a média do mês de fevereiro é ainda mais alta”, informou Braga.
Ao final do discurso o senador Eduardo Braga ressaltou que o problema não está sendo resolvido, pelo contrário, se estabilizou num patamar altíssimo. Por meio de dados apresentados durante a conversa, Eduardo revelou que 164 (média) pessoas morrem (com certidão de óbito) por dia no Amazonas. Também ressaltou que nem sempre o diagnóstico é da Covid-19, porém, conta que no interior do estado famílias estão enterrando seus mortos em seus quintais.
Assista momento do debate:
*Texto: Karol Maia