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Fui vacinado contra Covid. Vou precisar de uma terceira dose para reforço?

Agência Nacional de Vigilância Sanitária divulgou, nesta sexta-feira (23), nota esclarecendo informações sobre o assunto

A identificação de novos casos da variante Delta no Brasil e as informações preliminares de que ela seria mais resistente à resposta imunológica produzida pelas vacinas contra Covid-19 atuais levantaram questionamentos sobre a necessidade de aplicação de uma terceira dose de imunizantes em pessoas que já foram vacinadas.

Nesta sexta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um comunicado informando que, até aqui, não há necessidade de dose reforço para complementar os esquemas de vacina contra a Covid-19 que estão sendo aplicados na população pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

“Baseados nos dados que conhecemos agora, não indicamos a terceira dose ou reforço para as vacinas autorizadas pela Anvisa. Isso não significa que a situação não possa mudar, ou seja, podemos precisar autorizar, por exemplo, para os idosos ou para pessoas com comorbidade, mas essa definição só poderá acontecer depois da avaliação dos dados gerados nos estudos científicos”, explica Meiruze Freitas, diretora da Anvisa.

O que justificaria a aplicação de uma dose de reforço?

As doses de reforço servem para aumentar a resposta de anticorpos do organismo de uma pessoa a um vírus, depois que o sistema imunológico do indivíduo já foi “preparado” pela vacinação inicial, como no caso da vacina contra o tétano.

Doses adicionais também podem ajudar o corpo a combater diferentes variantes de um vírus, como a vacina anual contra a gripe. O reforço pode ser necessário, ainda, se a evolução do vírus resultar em variantes preocupantes e que não sejam mais reconhecidas de forma eficiente pelo sistema imunológico do vacinado.

A variante Delta não justificaria a autorização para a aplicação de doses de reforço?
De acordo com a Anvisa, por enquanto, segundo as informações disponíveis, não. O comunicado afirma que, “até o momento, todas as vacinas autorizadas no país mantêm proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados. Ainda não há dados ou estudos conclusivos que indiquem a necessidade de uma dose de reforço das vacinas autorizadas.”

A agência destaca, no entanto, que a indicação pode mudar conforme surjam novas informações sobre o assunto. A Anvisa já autorizou três estudos que mapeiam os resultados da vacinação com a terceira dose e vem acompanhando as publicações internacionais e o cenário de evolução da pandemia, bem como os resultados de levantamentos obtidos no “mundo real” pela campanha de imunização.

Que estudos sobre doses de reforços estão sendo realizados no Brasil?

A Pfizer/BioNTech está realizando um levantamento que pretende investigar os efeitos, a segurança e o benefício de uma dose extra de sua vacina. A terceira dose será aplicada seis meses depois que os voluntários receberem as duas doses do imunizante do esquema original.

A AstraZeneca desenvolveu uma nova versão da vacina que está em uso no Brasil, buscando a imunização contra a variante Beta do Sars-CoV-2, identificada primeiro na África do Sul. Os voluntários receberão uma terceira dose desta vacina.

O terceiro é um estudo clínico para avaliar a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original da vacina da AstraZeneca em participantes do estudo inicial que já receberam as duas doses do esquema vacinal.

Com informações do Metrópoles

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