A declaração do ministro do STF causou alvoroço na Forças Armadas na última segunda-feira (13)
Brasil – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes divulgou uma nota para explicar a declaração feita nos últimos dias associando as ações do Exército na pandemia à “genocídio”. Em nota ele esclareceu que não atingiu a honra das Forças Armadas.
Segundo o ministro, ele mencionou o fato de diversos militares terem sido nomeados para postos de gerência na pasta. Tudo começou desde o início do comando do general Eduardo Pazuello, o ministro da saúde.
“Reforço, mais uma vez, que não atingi a honra do Exército, da Marinha ou da Aeronáutica. Aliás, as duas últimas nem sequer foram por mim mencionadas. Apenas refutei e novamente refuto a decisão de se recrutarem militares para a formulação e execução de uma política de saúde que não tem se mostrado eficaz para evitar a morte de milhares de brasileiros”, disse o ministro na nota.
Gilmar Mendes ressaltou que o Brasil precisa estar alerta com as mortes e novos casos de Coronavírus e por conta disso, “cobrou” do Ministério de Saúde, ações mais efetivas na pandemia.
“Estamos vivendo uma crise aguda no número de mortes pela COVID-19, que já somam mais de 72 mil. Em um contexto como esse, a substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde deixa de ser um apelo à excepcionalidade e extrapola a missão institucional das Forças Armadas”, disse o ministro.
A declaração de Gilmar desencadeou uma série de reações contrárias, entre elas, a nota de repúdio do Ministério da Defesa, gerenciada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva.
*Com informações do G1