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Hapvida anuncia método revolucionário para monitoramento intracraniano

Tecnologia brain4care permite interpretar alterações intracranianas em tempo real no leito hospitalar e auxilia a evitar complicações de pacientes sob risco neurológico; Sistema Hapvida é pioneiro no mundo na realização de um teste em larga em escala

(Foto: Divulgação)

O Sistema Hapvida está prestes a concluir um projeto piloto para introdução de uma nova tecnologia não invasiva para monitoramento de alterações de pressão e complacência intracraniana por meio da morfologia do pulso da pressão intracraniana (PIC). Em outras palavras, os médicos e equipes da rede poderão avaliar as condições para o fluxo do sangue no interior do crânio dos pacientes sempre que for preciso, ajudando a perceber possíveis danos cerebrais logo no início, antes que possam ser revelados por exames de imagem ou que sintomas clínicos se manifestem. Isso só é possível por meio de um método não invasivo desenvolvido pela startup brasileira brain4care, fundada pelo cientista Sérgio Mascarenhas de Oliveira.

A solução chama a atenção pela praticidade e rapidez: basta colocar e ajustar o sensor corretamente na cabeça do paciente para que em poucos minutos seja possível obter informações que antes exigiriam a introdução cirúrgica de um cateter no interior do cérebro. Além disso, o dispositivo não emite ondas de radiação nem de ultrassom, o que permite uso seguro para praticamente todos os pacientes, incluindo pediátricos e oncológicos, a custos acessíveis. Por tudo isso a Singularity University, instituição americana que fica no vale do Silício, selecionou o projeto como um dos sete mais importantes do mundo em 2017, com potencial de impactar a vida de um bilhão de pessoas nos próximos dez anos”.

O Hapvida tem o primeiro hospital do mundo a utilizar o brain4care em larga escala com o objetivo claro de estender a tecnologia para todos os 40 hospitais da rede espalhados pelo Brasil. Para o projeto piloto, o sistema escolheu o Hospital Antonio Prudente, em Fortaleza/CE, devido ao fluxo de pacientes de várias regiões do Nordeste. “Até o momento, realizamos mais de 365 monitorações em 108 pacientes em pouco mais de um mês de uso. A meta dessa primeira fase é constatar a entrega de valor na prática”, explica Bruno Alves Pinto, superintendente médico regional do Sistema Hapvida. O uso da solução já é estudada pela operadora também em cirurgias cardíacas, auxiliando na aferição da pressão de perfusão cerebral. Isso representa um avanço relevante na pertinência do uso de procedimentos e dispositivos de alto custo, como cateter, na alta segura do paciente no tempo certo, contribuindo para redução do tempo de permanência no leito e, consequente, aumento de rotatividade e melhor relação custo-benefício.

O sensor, associado ao modelo verticalizado do Hapvida, traz vantagens importantes para publicação de estudos de caso e artigos científicos e de custo-efetividade que corroboram para a melhoria de tratamentos, implantação de novas técnicas e avanço científico do corpo clínico. “Temos facilidade em expandir o uso para outros ambientes e contextos além da UTI, também pela possibilidade de analisarmos os impactos econômicos e de qualidade relacionados ao paciente após a alta hospitalar”, afirma Bruno.

O método brain4care obteve a certificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Food and Drug Administration (FDA) em 2019, pré-requisitos para sua entrada nos mercados brasileiro e americano. Atualmente, oferece o sensor por meio de assinatura mensal.

A descoberta

Há 14 anos o cientista Sérgio Mascarenhas de Oliveira fora diagnosticado com Parkinson, quando na verdade era acometido pela hidrocefalia de pressão normal, patologia causada pelo acúmulo de líquido no interior do cérebro que provoca sintomas semelhantes, mas que podem ser revertidos com a introdução cirúrgica de uma válvula para drenagem do líquido em excesso.

Ao questionar os médicos sobre a necessidade de perfurar o crânio em pleno século XXI para obter a pressão intracraniana foi confrontado com a doutrina de Monro-Kellie, de 1783, que afirma que o crânio de um ser humano adulto é inextensível. Utilizando-se de um crânio emprestado da universidade, um balão de borracha, uma bomba retirada de um aparelho de medir pressão arterial e um extensômetro – sensor usado para medir deformações em vigas e outras estruturas, o Professor Sérgio provou que o crânio é extensível: “Nem o núcleo atômico é totalmente rígido”, ele afirmou, derrubando um dogma da medicina de mais de 200 anos.

A partir desta descoberta se iniciaram os estudos que culminaram no desenvolvimento do método brain4care, o primeiro no mundo capaz de permitir aos médicos interpretarem alterações de pressão e complacência intracraniana de forma não invasiva.

O aparelho é composto por uma espécie de faixa presa à cabeça com um sensor que capta os movimentos micrométricos de expansão e contração do crânio e transmite as informações para um tablet que mostra os resultados do exame e pode emitir relatórios. Aos 91 anos e em plena atividade, ele costuma dizer que “uma doença maldita gerou um resultado bendito”.

Sobre o Sistema Hapvida

Com cerca de 6,4 milhões de clientes, o Sistema Hapvida hoje se posiciona como um dos maiores sistemas de saúde suplementar do Brasil presente em todas as regiões do país, gerando emprego e renda para a sociedade. Fazem parte do Sistema as operadoras do Grupo São Francisco e RN Saúde, além da operadora Hapvida e da healthtech Maida. Atua com mais de 30 mil colaboradores diretos envolvidos na operação, mais de 15 mil médicos e mais de 15 mil dentistas. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente são 40 hospitais, 184 clínicas médicas, 41 prontos atendimentos, 174 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial.

Com informações da Assessoria

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