O Ministério da Saúde abriu um chamamento público em 17 de fevereiro, convocando empresas com interesse em fornecer vários medicamentos, incluindo a hidroxicloroquina. O documento é assinado por Marcelo Batista Costa, coordenador geral de Aquisições de Insumos Estratégicos para Saúde Substituto.
O uso da Hidroxicloroquina, medicamento para malária no tratamento e prevenção da covid-19 é defendido pelo presidente Jair Bolsonaro e por parte da ala da comunidade científica, apesar de não ser unânime. Em transmissão ao vivo em 14 de janeiro, ele afirmou que o remédio não tem efeitos colaterais e que 200 pessoas que moram no prédio dele se trataram com cloroquina e ivermectina não foram para o hospital.
Ao ser diagnosticado com covid-19 em julho do ano passado, ele afirmou ter sido tratado com cloroquina. À época, o estoque era de 4 milhões de comprimidos.
Além de não haver qualquer comprovação científica benéfica do efeito do medicamento no tratamento e prevenção da covid-19, a cloroquina e a hidroxicloroquina têm, sim, efeitos colaterais, que variam de acordo com o organismo de cada pessoa.
Estoque do remédio
No fim de novembro de 2019, o Ministério da Saúde distribuiu toda a cloroquina disponível aos estados e prefeituras. Até o novembro, a pasta adquiriu e distribuiu todos os 5,8 milhões de comprimidos de cloroquina obtidos. O Ministério justificou que isso foi feito por causa dos pedidos feitos por prefeituras e governos estaduais.
“O Ministério da Saúde adquire apenas a cloroquina e não possui estoque, uma vez que o medicamento foi distribuído de acordo com pedidos e planejamento prévio dos estados”, informou ao UOL à época.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde para mais esclarecimentos sobre o edital, mas ainda não teve resposta.
Com informações via UOL
Foto: Divulgação
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