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“Hoje Me Sinto Livre”, conta Parintinense ao realizar Mudança De Gênero

A conquista de Glen não aconteceu da noite para o dia. Ele enfrentou um longo e burocrático processo no cartório
“Hoje Me Sinto Livre”, conta Parintinense ao realizar Mudança De Gênero
“Hoje Me Sinto Livre”, conta Parintinense ao realizar Mudança De Gênero

Após viver 23 anos com o nome de Glenda Dinely da Silva, do sexo feminino, ele conseguiu oficializar na Justiça o direito de ser Glen Dinely da Silva. Através de um longo processo no Cartório, ele conseguiu mudar seu nome e gênero na Certidão de Nascimento.

Glen é parintinens e tem 23 anos. Ele é acadêmico de Jornalismo e atua como fotojornalista e designer gráfico. A mudança de gênero foi uma vontade que foi crescendo com o passar dos anos, com o amadurecimento e com a própria descoberta de si. Glen conta que a família ainda está em processo de adaptação. “Desde 2017 eu vinha conversando com meus pais a respeito das minhas escolhas. Em 2020 decidi ter barba. Tive outra reunião com eles para falar a respeito até a decisão de mudança de nome e gênero. Meus pais são cristãos e eles aprenderam a respeitar a minha decisão. Eles não interferem nas minhas escolhas, apenas me orientam nas possíveis consequências. Tenho todo amor e respeito deles”, contou.

Com o passar do tempo, o corpo de Glenda se transformava cada vez mais no Glen. Então, veio a necessidade de oficializar a mudança. “A decisão da mudança de nome e gênero veio por motivos da minha aparência estar mudando constantemente e pelos procedimentos para o crescimento da barba. Por esse motivo vi a necessidade de ser comprovado juridicamente a aparência, que hoje é mais masculina, e para me ajudar futuramente em questão de conseguir emprego e constatar na minha certidão de nascimento que sou do gênero masculino e a própria aparência afirmando a documentação”, explicou.

Glen conta que as mudanças no corpo devem continuar para que realmente ele tenha uma aparência totalmente masculina. “Além da barba e dos futuros procedimentos do uso da testosterona (hormônios masculinos), eu penso também, futuramente, fazer a retirada dos seios, a chamada mastectomia”, revelou.

A conquista de Glen não aconteceu da noite para o dia. Ele enfrentou um longo e burocrático processo no cartório. Ele participou de um mutirão de retificação de mudança de nome e gênero e teve que entregar mais de 15 documentos pessoais. “No processo de retificação da certidão exige muita paciência, porque em meio à pandemia alguns órgãos limitaram os atendimentos até mesmo online. Tive que solicitar certidões das primeira, segunda e terceira vara e mais duas certidões de protestos dos dois cartórios da cidade”, descreveu o jovem.

Apesar das inúmeras dificuldades enfrentadas, Glen Dinelly afirma que agora se sente realmente a pessoa que deseja ser. “Hoje me sinto bem mais livre e muito realizado pela escolha que fiz. Essa vontade vem de anos, e assim como tem um longo tempo que eu esperava na transição eu vinha lutando sempre pra ganhar o meu espaço e o principal de todos, que é o respeito”, encerrou satisfeito.

*Fonte: Parintins24hs

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