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Intimação para Braga tem relação com inquérito da Lava Jato

A intimação para o senador Eduardo Braga (MDB) feita pela Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (5), tem relação com desdobramentos da operação “Lava Jato”, que investiga um esquema de corrupção de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propinas.

Na manhã desta terça-feira (5), a Polícia Federal (PF) cumpriu uma série de mandados de busca e apreensão e medidas de sequestro de bens por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, segundo a PF, atende às determinações do Ministro Luiz Edson Fachin, que assina as ordens judiciais.

No desenrolar da operação, a assessoria jurídica do senador informou que o parlamentar foi apenas intimado a prestar esclarecimentos sobre o inquérito policial 0074/2019-1.

De acordo com o documento, assinado pelo delegado da Polícia Federal Bernardo Guidali Amaral, o senador foi intimado para comparecer na diretoria de investigação e combate ao crime organizado para prestar esclarecimentos sobre o inquérito n° 4707, que tramita no STF.

O inquérito apura relatos dos colaboradores José Sérgio de Oliveira Machado, ex-dirigente da Petrobras Transportes S/A – Transpetro, e Ricardo Saud, ex-executivo do Grupo Empresarial J&F, segundo os quais, antes das eleições majoritárias realizadas no ano de 2014, formou-se um esquema de pagamentos indevidos de recursos provindos da empresa JBS a congressistas pertencentes à agremiação partidária então designada “PMDB” (atualmente “MDB”), para que se mantivesse a coesão interna entre os membros da sigla, salvaguardando-se, com isso, a aliança política com o Partido dos Trabalhadores (PT).

Esses supostos repasses teriam alcançado o montante aproximado de R$ 43.600.601,00 (quarenta e três milhões, seiscentos mil e seiscentos e um reais), conforme informa o inquérito.

Esmiuçando a operacionalização desses pagamentos, e ainda com base nas declarações dos colaboradores, o Ministério Público Federal apontou que os repasses dessas vantagens indevidas eram ajustados em prévios interlóquios entre Joesley Batista, ex-executivo da JBS, e Guido Mantega, Ministro da Fazenda à época dos fatos.

A repartição dos valores, destinados, em tese, pelo grupo empresarial JBS aos senadores da República Eduardo Braga, Vital do Rego, Jader Barbalho, Eunício Oliveira, Renan Calheiros e Valdir Raupp, teria totalizado cerca de R$ 35.000.000,00 (trinta e cinco milhões de reais).

Por Henderson Martins

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