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Investigadora que denunciou delegado por abusos sexual e moral será orientada a registrar ocorrência, diz PC-AM

Diferente do último posicionamento, quando a instituição disse desconhecer a denúncia, neste sábado (17) a Polícia Civil do Amazonas disse que orientará a investigadora a formalizar queixa contra o delegado
Investigadora que denunciou delegado por abusos sexual e moral será orientada a registrar ocorrência, diz PC-AM
Investigadora que denunciou delegado por abusos sexual e moral será orientada a registrar ocorrência, diz PC-AM

Dois dias após vir à tona graves denúncias de assédios moral e sexual dentro da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) envolvendo uma investigadora e um delegado, a instituição voltou a se manifestar por meio de nota.

Neste sábado (17), a assessoria informou que o órgão de segurança adotou medidas para apurar mais detalhes sobre o ocorrido. O comunicado é bem diferente do emitido pela instituição na última sexta (16), quando o Portal Tucumã noticiou com exclusividade as graves denuncias da investigadora e questionou a Polícia Civil sobre o envolvimento de um delegado na história.

Assista vídeo dos relatos disponível no Instagram da investigadora:

Ontem, a PC-AM havia divulgado, por meio de nota enviada pela assessoria, que “não constava nenhum registro feito pela investigadora de polícia, Norma Drummond Sardinha, a respeito do crime de assédio”.

Ainda conforme a nota anterior, a PC-AM ressaltou “que crimes desta natureza, só são apurados mediante a notícia crime, ato condicionado à representação”. O que, segundo a assessoria, não havia ocorrido até aquela data.

A Polícia Civil do Amazonas, entretanto, não havia destacado quais medidas administrativas adotaria em relação as declarações da investigadora que foram tornadas públicas na internet e nem se a servidora seria convocada para prestar esclarecimentos sobre o caso ou até, posteriormente, registrar uma queixa formal contra o delegado.

Também não havia sido citado a prestação de quaisquer apoio psicológico à servidora, mesmo diante da gravidade da denúncia tornada pública na internet.

Novo posicionamento

Neste sábado (17), A Polícia Civil do Amazonas foi novamente questionada pelo Portal Tucumã sobre um novo posicionamento a respeito do caso. Em nota, encaminhada à reportagem no final da tarde, a assessoria informou que, mesmo na ausência da formalização da denúncia junto ao órgão, medidas administrativas foram tomadas neste sábado.

“A administração da PC-AM determinou, na manhã deste sábado (17), que a Unidade de Apuração de Ilícitos Penais (Uaip) e o Departamento de Controle e Avaliação (DCA) entrem em contato com a servidora para que os devidos procedimentos administrativos e criminais sejam iniciados”.

Entenda o caso

Uma investigadora relatou episódios de assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, por meio de um vídeo na internet. O conteúdo foi publicado nas redes sociais na última quinta-feira (16), e tem sido compartilhado por webnautas que apontam um delegado do Amazonas como o principal suspeito.

O vídeo mostra a investigadora relatando episódios de assédio que vivenciou em sua carreira. Ela começa contando que um seguidor pediu para que ela falasse como funciona as transferências de uma delegacia para outra.

”Eu tive um problema de assédio moral recente, por motivos de eu assumir um relacionamento amoroso nas redes sociais. Quando recebi uma ligação por telefone, desse delegado, querendo satisfações da minha vida pessoal porque eu estava com essa pessoa e assumindo relacionamento. Ele disse que iria me apresentar porque não confiava mais em mim”, conta a investigadora.

Ela relata que foi não apresentada por motivos profissionais e nem por ter feito algo de errado ao ponto de ter perdido a confiança do delegado. ”Fui apresentada simplesmente porque assumi um relacionamento”, disse ela.

No vídeo, ela conta com detalhes a sua trajetória na polícia e disse até que a solicitação de apresentação dela pedida pelo delegado em questão, não foi ilegal, que ele tem total autoridade para escolher quem quer em sua equipe, mas que foi imoral. ”Se você tem alguma questão pessoal com o servidor e não é nada profissional, você se retira. Uma pessoa de bom caráter se retira e não apresenta a outra assim sem nenhum motivo profissional”, afirma.

Nos comentários do vídeo, alguns internautas apontaram o nome de um delegado a quem a investigadora se refere.


Foto: Divulgação

Leia também: Em vídeo, investigadora relata assédio sexual e moral no trabalho e webnautas apontam delegado da Polícia Civil do Amazonas

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