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Jornalista inglês teria feito foto de traficante antes de sumir na Amazônia, diz ex-delegado

Mauro Sposito descarta que pescadores ribeirinhos sejam mandantes de desaparecimento
Dom Phillips
(Foto: @domphillips/Twitter)

Manaus (AM) – O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Mauro Sposito disse que descarta a possibilidade do desaparecimento do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira ter sido acidente e que é provável que o sumiço esteja relacionado com o tráfico de drogas na região considerada rota de grupos criminosos.

Sposito, que foi coordenador de Operações Especiais de Fronteira na Amazônia falou sobre o assunto em entrevista à Revista Veja. Para o advogado, caso houvesse acontecido acidente com a embarcação, ja haveria sido encontrado vestígios.

Conforme o advogado, a possibiliade é que traficantes tenham se incomodado com a presença do indigenista e do jornalista.

“O Bruno estava dentro de um barril de pólvora”, diz ele. O simples fato de o repórter eventualmente ter tirado uma foto de um traficante já poderia ser motivo de uma retaliação”, disse o ex-delegado, que conhece o ambientalista de operações realizadas em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Nas dezenas de vezes que esteve na região, Sposito teria entrado em divergência com pescadores apenas uma vez e considera difícil que matadores estivessem a mando dos ribeirinhos.

Sobre o caso

Dom Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), desapareceram após serem vistos pela última vez na manhã de domingo (5), na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte, quando sumiram sem deixar vestígios.

Na quinta-feira (9), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) decretou a prisão temporária do ribeirinho Amarildo da Costa Oliveira, mais conhecido como ‘Pelado’. Ele é um dos suspeitos pelo desaparecimento do indigenista e do jornalista britânico.

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