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Líder do Alto Xingu morre vítima da Covid-19

O líder Aritana Yawalapti era cacique desde os 19 anos e tinha respeito de várias pessoas que moram na região do Alto Xingu
líder morto covid-19

Manaus – Aritana Yawalapti, líder do Alto Xingu, morreu nesta quarta-feira (5) vítima do novo coronavírus (Covid-19) em um hospital de Goiânia (GO). A informação foi divulgada pelo G1 MT.

Ele ficou internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por duas semanas, respirando com ajuda de aparelhos. No dia 29 de julho o estado de saúde do líder indígena passou para gravíssimo.

Aritana estava em casa quando sentiu os primeiros sintomas da Covid-19, ele fez o teste para detectar o vírus e o resultado deu positivo. Entre os dias 18 e 19, o líder em uma UTI de Canarana, a 838 quilômetros de Cuiabá, depois foi transferido para Goiânia.

Aritana Yawalapti assumiu a liderança do Alto Xingu no inícios dos anos 1980, com isso, passou a ser reconhecido pelas suas lutas em prol da preservação dos povos indígenas.

Ele era cacique desde 19 anos e tinha respeito por diversas pessoas na região.

Proteção

Na última segunda-feira (3) o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou um julgamento-chave para proteger os indígenas da Covid-19. A decisão foi motivada pela falta de apoio do Governo Jair Bolsonaro.

O fotógrafo Sebastião Salgado, reconhecido por registrar diversos povos indígenas, pediu aos 11 ministros do STF que agilizassem o processo. Ele ressaltou que diversos territórios estão sendo invadidos durante a pandemia.

“Essas invasões são, como vocês sabem melhor do que eu, completamente ilegais. Essas comunidades são protegidas pela Constituição e vocês são o último recurso”, disse Salgado, de 76 anos, que lançou uma campanha em defesa da povos indígenas durante a pandemia.

A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) relata que existe um “genocídio” dos povos originários pela “omissão do governo”. Pensando nisso, o órgão adotou algumas estratégias para combater o coronavírus, entre elas: criação de barreiras sanitárias para proteger os povos indígenas isolados – mais suscetíveis ao vírus – e a retirada de milhares de invasores (madeireiros, garimpeiros ilegais) de suas terras.

Foto: Antônio Carlos Banavita

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