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Lira quer votar PEC que regula relação entre Judiciário e Legislativo “o mais rápido possível”

O projeto de Lira irá ser votado nesta semana e deve alterar o artigo 53 da Constituição Federal, que trata da inviolabilidade civil e penal de legisladores
Lira quer votar PEC que regula relação entre Judiciário e Legislativo "o mais rápido possível"
Lira quer votar PEC que regula relação entre Judiciário e Legislativo "o mais rápido possível"

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), quer votar “o mais rápido possível” uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para “aparar arestas” entre os poderes Legislativo e Judiciário.

O deputado já havia anunciado a intenção na última 6ª feira (19), em sessão extraordinária em que a Câmara manteve a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por ofensas a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).

Neste domingo, a assessoria de Lira confirmou que o projeto deve ser votado nesta semana. A ideia é alterar o artigo 53 da Constituição Federal, que trata da inviolabilidade civil e penal de legisladores.

Um grupo de congressistas foi escalado pelo presidente da Câmara para apresentar uma minuta da PEC até a próxima segunda-feira (22). Eis os principais objetivos do projeto:

  • proibir que congressistas sejam presos por decisões monocráticas de juízes;
  • determinar que audiências de custódia de congressistas ocorram nas dependências do Congresso Nacional;
  • regular mandados de busca e apreensão contra congressistas.

Durante a votação sobre a manutenção da detenção de Daniel Silveira, Lira chegou a dizer que a intenção da PEC é que “Judiciário e Legislativo não corram risco de trincar a relação de altíssimo nível das duas instituições por falta de regulação mais clara e específica do artigo 53 da Constituição Federal”.

“Esta Casa, que aprovou a Lei do Abuso de Autoridade, não poderia ser ela a tolerar o abuso das prerrogativas. Estamos aqui dando nosso exemplo. Esse episódio será um ponto de inflexão para modo de comportamento que trarão de volta mais urbanidade e respeito para que democracia não se contamine a ponto de se tornar um ambiente tóxico”, disse.

CASO DANIEL SILVEIRA

O deputado Daniel Silveira foi detido na última terça-feira(16), por determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF. A decisão foi referendada pelos demais ministros do Supremo, por unanimidade, na quarta-feira (17).

Quando um deputado é preso, a Câmara precisa analisar e votar se aceita ou não a detenção. O processo poderia causar atritos com o STF, caso os deputados contrariassem a determinação da Corte.

Na sexta-feira (19), a relatora, deputada Magda Mofatto (PL-GO), defendeu manter a prisão. Foram 364 votos pela detenção e 130 votos contra. Ainda, 3 abstenções. 15 deputados não votaram, além do presidente da Casa.

Daniel Silveira é um dos deputados do PSL que permaneceu leal a Jair Bolsonaro depois que o presidente da República deixou o partido. O governo, porém, não se esforçou para evitar que o deputado continuasse preso para evitar atritos com o Judiciário.

Com informações via Poder360
Foto: Divulgação

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