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Manejo de jacaré: Amazonas quer que carne exótica seja vendida no resto do País

Pesquisas e abates experimentais para manejo de jacaré foram realizados pelo governo do Estado em parceria com o governo Federal
O secretário Jorge Seif Júnior e o governador Wilson Lima em parceria pelo manejo do jacaré - Foto: Tácio Melo/Secom
Wilson lima e o secretário nacional de Agricultura e Pesca Jorge Seif Júnior

Esforços para destravar e tornar realidade o manejo do jacaré, foram destacados pelo governador do Amazonas, Wilson Lima, em visita ao município de Tefé, no último sábado. Os avanços da parceria entre governo do estado e governo federal, viabilizam uma nova atividade econômica legalizada para ribeirinhos, pescadores e a população que já têm a expertise do manejo do pirarucu.

“Nós estamos trabalhando muito, através da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), junto ao Ministério do Meio Ambiente, junto à Secretaria Nacional da Pesca, para que a gente consiga, efetivamente, o jacaré manejado aqui no estado do Amazonas. Nós temos, hoje, uma superpopulação desses animais. Percebemos que, em algumas regiões, acontece uma atividade predatória e o trabalho que a gente está fazendo e construindo é o da legalização para que a gente possa aproveitar a carne, o couro, o osso do jacaré e outros usos que tem esse animal”, pontuou o governador, durante visita à Feira do Pirarucu de Manejo, em Tefé.

Wilson Lima ressaltou que a parceria com o Governo Federal é importante para a introdução e manutenção da atividade.

“A gente tem feito uma construção aqui, nessa região de Tefé, onde temos uma grande população desse animal, e estamos bem encaminhados nessa situação, com essa relação que a gente tem tido com o Governo Federal, que tem olhado a Amazônia de uma forma diferente, entendendo que nós precisamos agregar valor e garantir geração de emprego e renda para quem está aqui. O potencial que nós temos aqui precisa ser revertido em forma de benefício para a população”, enfatizou o governador.

O secretário nacional de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior, que esteve em Tefé junto com o governador, reforçou o apoio do Governo Federal às atividades relacionadas ao meio ambiente e à sustentabilidade no Amazonas.

O secretário Jorge Seif Júnior e o governador Wilson Lima em parceria pelo manejo do jacaré - Foto: Tácio Melo/Secom
O secretário Jorge Seif Júnior e o governador Wilson Lima em parceria pelo manejo do jacaré – Foto: Tácio Melo/Secom

“O presidente é uma pessoa totalmente ligada à pesca e aquicultura e tem dado todo apoio para a nossa pasta. É a quarta vez que visito a região, uma região rica, de gente trabalhadora, que preserva e tem consciência ecológica”, destacou Jorge Seif Júnior.

Realidade – De acordo com o chefe do Departamento de Mudanças Climáticas e Gestão de Unidades de Conservação (Demuc), vinculado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Rogério Bessa, depois de 20 anos de entraves, o manejo do jacaré já pode ser considerado uma realidade no Amazonas.

“Em dezembro do ano passado, tivemos um abate experimental de 100 indivíduos que foram analisados. Foram feitas pesquisas por mais de 10 anos. Então, é um trabalho realmente muito grande, a gente pode afirmar que o estado do Amazonas está devidamente preparado do ponto de vista ambiental, do ponto de vista da legalização e do licenciamento ambiental”, frisou Bessa.

Segundo o chefe do Demuc, por meio do trabalho dos últimos dois anos, foi possível realizar a implantação de uma estrutura remota de abate de jacaré, que funciona dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá.

“Trabalha-se nele por um período de um mês, ao longo do ano, e a ideia, com a aproximação do Governo Federal, é justamente a gente utilizar essa mesma estrutura para que seja também feito manejo de forma sustentável, obedecendo aos princípios sanitários para o manejo do jacaré. A gente vai com certeza multiplicar para outras regiões que detenham alto potencial de jacaré e também de pirarucu”, acrescentou Rogério Bessa.

Ele comenta, ainda, que um dos principais obstáculos era relacionada à questão do domínio do manejo. “Hoje, já tem esse entendimento de que o próprio Estado pode trabalhar desde a anuência, a cota e a emissão dessa carne para o resto do Brasil”, concluiu Rogério Bessa.

Com informações da Assessoria

Foto: Tácio Melo/Secom

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