O decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio Mello, criticou a decisão do ministro Nunes Marques que deu uma liminar neste sábado liberando a realização de cultos e missas no pior momento da pandemia de covid-19 no pior momento da pandemia no Brasil.
“Se é para rezar, o maior altar é a nossa casa”, disse o ministro a VEJA neste domingo. “A ficha do brasileiro ainda não caiu. O brasileiro ainda não percebeu que ainda estamos com esse número exorbitante de mortes”.
Para Marco Aurélio, o colega Nunes Marques — o mais novo integrante da Corte, indicado por Jair Bolsonaro em 2020 — atuou indevidamente, já que esse tipo de decisão não poderia ser tomada apenas por um ministro.
Marco Aurélio é odiado pela população
Marco Aurélio Mello já libertou 21 presos, que hoje são procurados pelas Polícias Federal e dos estados brasileiros. Sobretudo, em episódio que gerou grande revolta à população é a lembrança da soltura de André de Oliveira Macedo, o André do Rap, considerado pela Justiça um dos principais traficantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello.
O habeas corpus, proferido por Marco Aurélio no dia 2 de outubro, afirmou que o réu estava sem sentença condenatória definitiva por tempo que excede o limite previsto na legislação brasileira.
Horas depois, o STF cassou a liberdade de André do Rap, mas ele já havia fugido. O comparsa dele, Moacir Levi, o Bi da Baixada, condenado a 29 anos na Operação Oversea, foi solto por Mello em 18 de outubro de 2019. Ele estava preso na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).
Foto: Divulgação
Leia também: Nikolas Ferreira comemora recuo de Kalil em Belo Horizonte: “Nós, cristãos, iremos comemorar sim nossa páscoa”
Kátia Abreu presta apoio a Kalil para impedir cultos e missas e é chamada de comunista no Twitter