[views count="1" print="0"]

Meninos que jogavam descalços ganham doação de chuteiras

A campanha começou pelo Whatsapp, com a família do professor Bruno.
Meninos
Meninos

A iniciativa de um professor de Educação Física de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, está dando a oportunidade de sonhar a milhares de crianças que jogam descalças em regiões carentes da cidade.

Bruno Nóbrega, de 40 anos, autor da campanha que já beneficiou 5 mil crianças na região, teve a ideia no início do ano, depois que vários alunos apareceram descalços para jogar em um torneio de futebol na cidade. O professor até conseguiu chuteiras emprestadas para os meninos jogarem naquele momento, mas teve uma descoberta chocante logo em seguida:

“Minutos depois a maioria questionou se poderia tirar a chuteira. Eu perguntei se estava apertada. Eles disseram que não, que nunca tinham colocado uma chuteira no pé”, contou Bruno.

Aquele choque de realidade serviu de inspiração para o professor começar uma campanha para arrecadar chuteiras na cidade.

Corrente do bem

“Começou pelo Whatsapp com a família. Aí foi aumentando, chegou nos empresários, em fábricas de chuteiras, em lojas de esportes aqui de Campo Grande, nas escolas particulares também, muitas crianças que tinham trocado de chuteira começaram a doar”.

A cena que tocou o professor comoveu muita gente na cidade e aos poucos as doações começaram a chegar. “Até há uns 2 meses [as doações] tinham passado de 5 mil, mas a gente até parou de contar porque todo dia pessoas entram em contato e a gente… continua essa entrega para as crianças”, afirmou Bruno.

O professor contou que à medida que as chuteiras chegam, ele vai entregando.

O Yan Felipe, de 5 anos, recebeu as dele nesta quarta, 17. “Ajudamos todas as escolinhas de bairros carentes da cidade, até algumas cidadezinhas próximas a Campo Grande também conseguimos ajudar e diariamente entregamos de 15 a 20 chuteiras para crianças aqui da cidade”, disse o professor.

E quando é necessário, Bruno contou que vai pessoalmente buscar as chuteiras na casa do doador. “É só entrar em contato pelo WhatsApp. A gente procura, vai na casa, busca, ou pode mandar direto para o Rádio Clube, aqui da cidade”, um ponto de doação da campanha.

O que o professor Bruno Nóbrega sente fazendo essa boa ação?

“É uma alegria muito grande tentar plantar um sonho numa criança, de ser jogador, tentar levar ele desde cedo para o esporte. É uma satisfação imensa, uma leveza no coração que a gente sente”, concluiu.

Heverton Igor, de 7 anos, estuda no 2ª ano e mora em um barraco com a mãe. Agora ele “quer usar toda hora o meião e a chuteira que ganhou, até para ir no mercado”, contou a mãe dele ao professor.

Só Notícia Boa

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário