Manaus – Durante entrevista na manhã desta segunda-feira (14), o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse que é “precipitado” anunciar data de vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) no Brasil, contrariando a ordem feita pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Está é uma discussão, mais uma vez, muito polarizada. Vamos lembrar que as principais agências certificadoras do mundo não deram certificação para nenhuma vacina ainda, tem uma autorização experimental para essa da Pfizer. Se começar a dar problema, vão ter que suspender”, disse o vice-presidente.
O ministro Ricardo Lewandowski determinou, no último sábado (12), que o Ministério da Saúde em 48 horas as datas para vacinação. Para Mourão, o anúncio não será possível de ser feito.
“Eu tenho que colocar vacina em todo território, não é só vacina, mas tenho que colocar seringa, ter pessoal especializado e distribuído bonitinho em todo o território, então a minha visão: você tem um dia D, você tem que dizer quanto tempo precisa para colocar esse material todo em condições. Ah, preciso de 15 dias, então a partir de D-15 você começa”, declarou.
Resposta do Ministério
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, afirmou nesse domingo (13) que é irresponsável definir uma data para iniciar a vacinação contra a covid-19 no Brasil. A pasta apresentou no sábado um plano nacional de vacinação contra a covid-19, sem informar quando a imunização ocorrerá.
“Seria irresponsável darmos datas específicas para o início da vacinação porque depende de registro em agência reguladora, posto que só saberemos da segurança completa quando finalizados os estudos clínicos da fase 3”, disse o secretário-executivo.
“Como estabelecer um calendário de vacinação sem saber se a vacina estará liberada para uso com a certeza de sua segurança e eficácia?”
Com informações do Poder 360
Foto: Romério Cunha/PR
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