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Museu da Cidade de Manaus: espaço que conta a história do povo manauara

O Museu funciona no Paço da Liberdade, prédio histórico da qual fachada é considerada uma das últimas representações da arquitetura neoclássica no Brasil
Museu-Cidade-Manaus
Museu da Cidade de Manaus conta a história do povo manauara através de exposições - Divulgação

Manaus (AM) – Trinta e seis anos depois de criação, por meio da Lei n° 1.616, de 17 de junho de 1982, o Museu da Cidade de Manaus foi entregue revitalizado, em 2018, em comemoração aos 349 anos da capital amazonense. Localizado no Paço da Liberdade, no Centro Histórico, o espaço conta a história do povo manauara através de peças arquitetônicas, peças arqueológicas, artigos regionais, além de exposições tecnológicas.

Mas lá atrás, o Museu da Cidade foi criado pelo Prefeito João de Mendonça Furtado, através de lei, na estrutura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com localização no prédio s/n° na Rua da Instalação, mas o Museu nunca funcionou nesta localidade e sequer foi inaugurado. Em 2005, o projeto do Museu da Cidade foi retomado, passando a ter como abrigo o Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura de Manaus.

Inicialmente chamado de Museu Histórico da Cidade de Manaus (MUHMA), a ideia partiu da necessidade de abrigar de forma sistematizada a memória da construção da cidade de Manaus, com ampliação da importância cívica desse primeiro palácio da cidade, construído há mais de 120 anos para abrigar o poder público municipal. Trata-se de um dos poucos prédios no Brasil construído especialmente para esta função.

O Museu da Cidade, portanto, se tornou a “casa que conta a sua história”, a história da cidade, demonstrando às gerações atuais e vindouras os testemunhos materiais e imateriais que retratam a vida cotidiana, as identidades e as culturas das gerações atuais e as anteriores através de exposições de longa e curta duração, as quais devem possuir – e aqui gostaríamos de reiterar – um caráter educativo, lúdico, dinâmico, com salas interativas, utilizando-se de recursos tecnológicos para contar a história da cidade de Manaus a partir de imagens, textos e sons.

O Museu funciona no Paço da Liberdade, prédio histórico da qual fachada é considerada uma das últimas representações da arquitetura neoclássica no Brasil. Foi erguido durante a segunda metade do século XIX e ampliado em 1905, pelo então prefeito Constantino Nery. Após sua conclusão, se transformou na sede do Palácio do Governo. Conhecido primeiramente como Paço Municipal e, posteriormente, Palácio dos Governantes, o prédio foi o centro da administração amazonense tanto da Província como do Estado.

Foi ocupado pela municipalidade em 17 de abril de 1971 e, durante um período de mais de duas décadas, foi sede governamental e residência dos presidentes da província. Foi também de onde os governadores da borracha comandaram as grandes reformas que transformaram a capital e alargaram as fronteiras físicas da Amazônia Ocidental.

Patrimônio Histórico

Em 1956, o Paço Municipal passou a ser considerado parte integrante do Patrimônio Histórico do Município de Manaus pela Lei n° 565 de 26 de maio do mesmo ano. No ano seguinte, teve sua denominação alterada para Paço da Liberdade, e em 1980, de acordo com a resolução n° 001, homologada pelo decreto n° 4.817 de 06 de fevereiro do mesmo ano, passou a ficar sob proteção especial da Comissão Permanente de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas.

Museu da Cidade de Manaus fica localizado no Paço da Liberdade, no Centro Histórico

Por se tratar de um exemplar importante do contexto cultural de Manaus e ter sido um local de decisões desde a época imperial, o Paço da Liberdade foi objeto de estudo de sua cultura material, por iniciativa da antiga Fundação Municipal de Turismo (Manaustur), em janeiro de 2003.

Restauração

O programa de restauração do Paço Municipal integrou o programa “Monumenta”, do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, que teve como objetivo a preservação do patrimônio histórico urbano das cidades brasileiras.

As obras de reforma foram iniciadas em dezembro de 2006, mas tiveram a parte do subsolo embargada pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em fevereiro de 2007, pois, durante as escavações foram encontradas peças arqueológicas e a equipe responsável pela obra não dispunha de arqueólogo especializado para acompanhar a retirada do material. Em 2009, as obras do restauro foram interrompidas pela construtora responsável e foi preciso a Prefeitura de Manaus fazer nova licitação para a retomada das obras.

No período de 2003 e 2004, a Prefeitura de Manaus realizou intervenção na Praça Dom Pedro II, com identificação de 256 vestígios arqueológicos e o salvamento de quatro urnas funerárias indígenas. Com esta intervenção, no acesso ao porão foram encontrados artefatos de cerâmica, evidenciando-se assim a necessidade de uma pesquisa arqueológica em todas as áreas abaixo dos salões durante a obra. Em 2007, foram iniciadas escavações no local, as quais revelaram a presença de cerâmica pré-colonial.

Em dezembro de 2012, o então Prefeito de Manaus, Amazonino Armando Mendes, realizou a primeira entrega da obra de restauro do Paço da Liberdade. A entrega definitiva da obra ocorreu no dia 11 de abril de 2013, na gestão do Prefeito Arthur Virgílio Neto. Desde então, o Paço da Liberdade se tornou um importante espaço para as artes visuais de Manaus, abrigando exposições de curta e longa duração.

Exposições

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