Manaus – Após denúncias de postagens nas redes sociais na noite da última terça-feira (19), a credibilidade do plano de vacinação em Manaus e no interior está sendo colocada em dúvida por internautas nas redes sociais. Duas pessoas da família Lins postaram fotos comemorando a imunização. O fato fez com que a população se questionasse se alguns setores do poder político e governamental não estariam “burlando” normas para conseguirem privilégios.
Os denunciantes afirmam que alguns critérios utilizados para definir quem tem direito à vacina como prioridade, abriram brechas para más condutas. Isto gerou especulações a respeito de que pessoas influentes da sociedade estariam sendo privilegiadas e furando a fila de vacinação.
A juíza Jaiza Maria Pinto Fraxe, da Justiça Federal no Amazonas, fez um apelo na noite desta terça-feira (19), usando sua conta pessoal no Twitter, para que “não furem a fila da vacina” contra a Covid-19 no Estado. “Não deixem ninguém furar. Denunciem às autoridades federais competentes para as providências cabíveis”, escreveu a magistrada. O posicionamento fortaleceu ainda mais a movimentação nas redes sociais.
Em um dos casos, uma das jovens envolvidas na polêmica, um decreto da Prefeitura de Manaus, do dia 18 de janeiro de 2021, oficializa a nomeação de Gabrielle Kirk Maddy Lins na função de Gerente de Projeto (DD4) na Secretaria Municipal de Saúde. Mas, até o momento, nada foi provado de que ela faz parte do grupo da linha de frente de combate à COVID, o que lhe daria direito a ser vacinada.
Além disso, dois áudios divulgados nas redes sociais e aplicativos de mensagens acusam que vacinas estariam sendo destinadas ao Tribunal de Justiça do Amazonas, além dos casos já mencionados.
Escute na íntegra:
Seriam ‘notícias falsas’ denúncias sobre descumprimento do plano de vacinação ?
Nota da Prefeitura
A Prefeitura de Manaus esclareceu que as médicas recém-formadas Gabrielle Kirk Lins e Isabbele Kirk Lins, vacinadas nesta terça-feira (19), primeiro dia de imunização na rede municipal de saúde, não furaram a fila. Foram imunizados 671 trabalhadores da área.
“Não há nenhuma irregularidade, uma vez que se encontram nomeadas e atuando legitimamente no plantão da unidade de saúde, para a qual foram designadas, em razão da urgência e exceção sanitárias, estabelecidas nos primeiros 15 dias da nova gestão”, afirma a Semsa (Secretaria Municipal de Saúde).
Nota do Governo
Diante da polêmica, o Governo do Estado distribuiu nota afirmando não ser responsável pela vacinação de qualquer pessoa. “Coube ao Estado apenas distribuir as vacinas para as prefeituras”, diz a nota do Governo.
Nota do TJAM
O Tribunal de Justiça do Amazonas declarou que ‘são mentirosas e maledicentes quaisquer postagens que afirmem existir destinação de vacinas contra a covid-19 para esta Corte Estadual de Justiça e seus membros’.
Leia na íntegra:
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