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Obras de Jô Soares criticavam o Brasil real 

Críticas de Jô, disfarçadas de humor, ridicularizam o período da ditadura, perseguição e preconceito vigentes na época
(Foto: Jô Soares/Instagram)

Apesar de algumas pessoas gerarem discussões acerca do silenciamento político no humor da Globo, a morte do grande nome da TV brasileira, Jô Soares, traz à tona a lembrança de que, na época do Brasil real, a emissora já chegou a compartilhar várias vertentes temáticas com maior frequência.

Em tempos democraticamente bem mais difíceis do que os de hoje, Jô, que morreu na manhã desta sexta-feira (5), conseguia incomodar o poder público e o moralismo vigente na sociedade brasileira.

Um dos programas que era uma pedra do sapatinho do autoritarismo era  ‘O Capitão Gay’. Agindo um espelho distorcido da realidade, a caricaturização ridicularizava a homofobia. A comédia alfinetadora dividia palco com  ‘Reizinho’, monarca egocêntrico que deixava Jô de joelhos em cena, exibindo problemas muito semelhantes aos do Brasil real.

‘Gandola’, que referenciava a influência dos militares na ditadura, era sempre mencionado por alguém em busca de qualquer vaga de emprego.O ‘Zé da Galera’ era um  torcedor fanático da seleção brasileira que ligava de um orelhão para o técnico Telê Santana, para dar pitaco na escalação do time.

Tantas outras obras minuciosamente pensadas e executadas pelo humorista de maior impacto social do país marcaram resistência num período de caos. “General’, “Faça Humor, Não Faça Guerra”, “Família Trapo” e “Irmão Carmelo” foram alguns dos trabalhos idealizados por Jô que marcaram um tempo de luta.

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