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Ornitorrincos: a genética pode explicar o motivo deles serem tão estranhos; saiba mais

Pesquisadores revelaram detalhes sobre mosaico evolutivo, mostrado que o DNA dos Ornitorrincos possuí partes de aves, mamíferos e répteis.
Ornitorrincos: a genética pode explicar o motivo deles serem tão estranhos; saiba mais
Ornitorrincos: a genética pode explicar o motivo deles serem tão estranhos; saiba mais

Ornitorrincos são animais bastante estranhos. Oficialmente eles pertencem à classe dos mamíferos, animais cm glândulas mamárias, glândulas sudoríparas e pelos em ao menos um estágio da vida. Contudo, os ornitorrincos também possuem um bico robusto, parecido com o de um pato. Como se não fosse confusão suficiente, esses animais ainda botam ovos e amamentam sua prole pelos poros da pele – uma vez que não têm mamas. Além disso os ornitorrincos ainda têm algumas características reptilianas, como garras e esporões venenosos, além de pelos luminescentes.

Pesquisas de 2008 já haviam mostrado que o DNA desses animais possuía partes de aves, mamíferos e répteis. Contudo, um estudo de 06 de janeiro, disponível na Nature, mostrou como esse mosaico evolutivo pode ter acontecido.

Equidna – Foto: Divulgação

O genoma de diversos animais já possui mapas genéticos completos, incluindo seres humanos. Agora, temos o primeiro mapa genômico dos ornitorrincos e equidnas – um outro mamífero australiano que também bota ovos e é tão estranho quanto o outro já citado. As análises genéticas mostraram que os ornitorrincos são os únicos animais no mundo a ter 10 cromossomos sexuais. As equidnas têm 9 e nós, humanos apenas dois. Apesar de todas essas bizarrices, os pesquisadores puderam traçar uma relação entre a forma dos cromossomos dos ornitorrincos e a dos humanos, o que pode fornecer um elo perdido na evolução humana.

Por que os ornitorrincos são tão estranhos, afinal?

Dentro da classe dos mamíferos existem três outras subclasses: placentários, que possuem a placenta – órgão que faz trocas gasosas entre o feto e a mãe – como o próprio nome diz; marsupiais, como cangurus e gambás que têm uma placenta atrofiada e, portanto, precisam terminar o desenvolvimento dos filhotes em uma bolsa; e, finalmente, monotremados, aos quais pertencem nosso estranho ornitorrinco e equidna. Esse último grupo, como dito antes, bota ovos e alimenta seus filhotes com leite após eles saírem dos ovos. O estudo em questão mostrou, inclusive, que os ornitorrincos perderam os genes que formam nutrientes nos ovos. Isso ocorre justamente porque os filhotes recebem leite da mãe após nascer.

Ornitorrinco – Ilustração via Picpay

A pesquisa mostrou que, realmente, os monotremados possuem uma configuração diferenciada de genes. Parte é herança dos mamíferos, mas outras partes vêm de aves e répteis. Análises ainda mostraram certas diferenças evolutivas entre os monotremados e as duas demais classes de mamíferos. Genes para a produção de haptoglobina, lactação e receptores sensoriais químicos se mostraram bastante diferentes geneticamente nos ornitorrincos, por exemplo.

Os cromossomos sexuais mostraram que os monotremados possuíram um ancestral com esses mesmos cromossomos na forma de uma anel. Com o tempo, esse arranjo foi mudando e pode ter dado origem aos arranjos mais comuns hoje: XX para fêmeas e XY para machos. De forma geral, os pesquisadores puderam notar que os ornitorrincos têm mais semelhanças com patos do que com a maioria dos mamíferos.

O artigo está disponível no periódico Nature.

Com informações via Nature/ SOCIENTÍFICA
Fotos:
Divulgação

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