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Pai acusa polícia pela morte do filho de 1 ano após ser preso e criança ficar sozinha com irmãos pequenos

Miguel morreu após se afogar em piscina; polícia apura o caso

(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

O agente de monitoramento Jonas Pereira Gualberto acusa a polícia militar pela morte do seu filho, identificado como Miguel Tayler Pereira Gualberto, de apenas um ano, que morreu afogado dia 3 de julho, na piscina da casa da família, em Planaltina (GO). Segundo o pai da criança, os policiais o prenderam sem justificativa, dentro da própria casa e deixaram o bebê com os outros dois irmãos, de três e seis anos, sem supervisão de um adulto.

Segundo o pai da criança, ele cuidava dos três filhos enquanto a esposa teria ido ao supermercado. Nesse intervalo que, segundo Jonas, a polícia teria o levado para a delegacia, deixando as crianças sem acompanhamento na residência. A criança chegou a ser levada ao hospital, mas não resistiu.

“Meus meninos estavam no quarto, assistindo [TV] no começo da casa. No momento que saí no portão para pegar a vassoura, eles [policias] já me algemaram e falaram que eu estava preso. Não me explicaram, não falaram nada. Só colocou a algema e me levaram”, afirmou ao portal G1.

Na delegacia, Jonas não foi reconhecido pela vítima do roubo e foi liberado.Foi lá que recebeu da irmã a notícia de que o filho havia morrido afogado.

A mulher dele e mãe da criança, a dona de casa Raifra da Silva, confirmou que estava no supermercado. Ela contou que tentou salvar o filho, mas não conseguiu.

“Eu pulei dentro da piscina, peguei pelos pés dele, coloquei nos meus braços, sai com ele desesperada correndo até o portão da área de casa. Uma dor terrível, parece que o chão desabou. O mundo para mim acabou. Agora só quero que isso não fique impune”, desabafou.

PM dá versão diferente

No entanto, a PM apresenta uma versão diferente. Em nota, a corporação confirma que prendeu o homem por suspeita de roubo, mas que, no momento da detenção, havia outros familiares na residência, “entre eles a esposa, a irmã e o cunhado, além de seus três filhos”.

A PM destacou ainda que “diante desta situação de tamanha comoção, nenhum fato ficará sem a devida e correta apuração”.

Investigação

O delegado Antônio Humberto Soares, responsável pelo caso, apura não só a morte da criança, como também as circunstâncias da abordagem que culminou com a prisão de Jonas.

“Determinamos que fosse iniciado um inquérito policial para apurar as circunstâncias envolvendo a morte dessa criancinha, que se deu numa operação policial, que resultou na prisão de vários indivíduos, inclusive do pai da criança”, disse.

Soares revela que outros três homens foram detidos pelo roubo, mas que eles seguiram presos, diferentemente do pai do bebê.

“Após ser levado para a delegacia, o delegado plantonista analisou todas as circunstâncias envolvendo a ocorrência e entendeu que não havia provas que justificassem a prisão dele”, avalia.

O delegado afirmou que já iniciou as diligências e intimou testemunhas. Os policiais militares também devem ser ouvidos.

“Uma morte de uma criancinha, da forma como aconteceu, tem que ter toda atenção e empenho possível para esclarecer completamente esse fato”, adianta.

Nota da PM:

A Polícia Militar do Estado de Goiás informa que ao tomar conhecimento de tal queixa, entrou em contato com o comando de Planaltina, sendo informado que de fato a Polícia Militar realizou a prisão do suspeito pelo crime descrito no artigo 157 do Código Penal (Roubo).

Lamentamos profundamente a morte da criança pelo afogamento, entretanto, diferentemente do que foi descrito pela esposa do detido, no momento da prisão do suspeito estavam presentes na residência familiares, conforme relatado no próprio Registro de Atendimento Integrado, dentre eles a esposa, a irmã e o cunhado, além de seus três filhos.

Mesmo assim, diante desta situação de tamanha comoção, nenhum fato ficará sem a devida e correta apuração, para que não paire duvidas na condução da ocorrência por parte dos policiais nela envolvidos.

Com informações do G1

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