Canadá – O Papa Francisco pediu perdão, em nome dos cristãos, pelo mal que a igreja e os fiéis causaram à vida, cultura e segurança dos indígenas no Canadá. A declaração foi feita nesta segunda-feira (25), no encontro com os povos indígenas das Primeiras Nações, Métis e Inuítes, em Maskwacis.
“Quero iniciar daqui, deste lugar tristemente evocativo, o que tenho em mente de fazer: uma peregrinação penitencial. Chego às vossas terras nativas para vos expressar, pessoalmente, o meu pesar, implorar de Deus perdão, cura e reconciliação, manifestar-vos a minha proximidade, rezar convosco e por vós”, ressaltou Francisco.
O Papa disse que a primeira etapa da sua peregrinação se realiza “nesta região que conhece, desde tempos imemoriais, a presença das populações indígenas”.
A figura de maior autoridade da igreja católica recordou que os indígenas viveram neste território, durante milhares de anos, com estilos de vida que respeitaram a própria terra, herdada das gerações passadas e guardada para as futuras.
“Eles a trataram como um dom do Criador que há de ser partilhado com os outros e amado na harmonia com tudo o que existe, numa interconexão vital de todos os seres vivos. Aprenderam a nutrir um sentido de família e de comunidade, e desenvolveram laços sólidos entre as gerações, honrando os idosos e cuidando dos pequeninos”, lembrou.
O pontífice ainda disse que é necessário recordar como as políticas de assimilação e alforria foram devastadoras para os indígenas. Ele alegou que reza e espera “que os cristãos e a sociedade desta terra cresçam na capacidade de acolher e respeitar a identidade e a experiência das populações indígenas. Da minha parte, continuarei a encorajar o compromisso de todos os católicos em favor dos povos indígenas”.
Por fim, o Papa afirmou saber que essa utopia requer tempo e paciência por se tratar de processos que devem penetrar nos corações.
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