Com os ânimos exaltados por conta do pedido de impeachment de Wilson Lima e Carlos Almeida Filho, governador e vice-governador do Amazonas, respectivamente, deputados contrários e a favor ao pedido iniciaram uma sessão remota tumultuada na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta terça-feira (12).
Após longo bate-boca entre eles, o deputado Dr. Francisco Gomes entrou com requerimento na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), na manhã desta terça-feira (12), solicitando a suspensão da criação da Comissão Especial que vai presidir o pedido de impeachment.
“Quero pedir que esse requerimento seja atendido em regime de urgência. Entendo eu, que só o Tribunal Especial Misto, que é formado por 11 membros, com a participação de seis desembargadores e cinco deputados estaduais, presidida pelo presidente do Tribunal de Justiça para dirimir as dúvidas ou conduzir os serviços. O Tribunal Especial Misto é o único que pode realizar a admissibilidade da denúncia em face do governador e decidir pelo afastamento dele e de seu vice”, disse o parlamentar.
Fora do processo
Quem também entrou com requerimento para anular a participação no pedido do impeachment do presidente da Aleam, Josué Neto, foi o deputado Saullo Vianna (PTB), vice-líder do governo, que pediu o afastamento de Neto da condução do processo de impeachment do governador Wilson Lima e do vice Carlos Almeida Filho.
Saullo Vianna argumentou que Josué Neto deveria julgar-se impedido ou suspeito para atuar em processos que envolvam “matérias de seu interesse ou pessoas com as quais mantenha relação efetiva ou de animosidade”.
Contra Josué
Joana Darc, líder do governo na Casa Legislativa e Alessandra Campêlo, vice-presidente da mesa diretora da Aleam, também foram contrárias a presença de Josué Neto na condução do processo de pedido de impeachment, por alegarem que Josué é parte interessada no impedimento de Wilson Lima.
Pedido de Impeachment
É a primeira vez que o pedido de impeachment de um governador e seu vice é feito no país. Até então, os pedidos foram feitos para os cargos presidenciáveis, tirando do poder os ex-presidentes Fernando Collor e Dilma Rousseff.
