[views count="1" print="0"]

Preço do arroz dispara e choca consumidores. VEJA:

Saiba o possível motivo do aumento no valor do produto.

O aumento no preço de produtos de cesta básica tem chocado internautas nas redes sociais. Um perfil no Twitter compartilhou uma foto nesta segunda-feira (7) que mostra o pacote de arroz de 5kg sendo vendido por R$ 42,99 em um dos supermercados da rede Condor, do Paraná. Outro perfil divulgou uma imagem que mostra o mesmo alimento por R$ 46,99. A região não foi divulgada.

Os valores são ainda maiores em outros estabelecimentos. No supermercado Extra, no Rio de Janeiro, por exemplo, um pacote de arroz da marca Prato Fino é vendido por R$ 53,25. O supermercado informa ainda que o pagamento pode ser realizado em até seis parcelas de R$ 8,80.

Na rede social, vários outros internautas alegam ter encontrado o produto por mais de R$ 20 em diferentes regiões do país.

Qual o motivo da subida?

Até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou o fato pedindo que os donos de supermercado tenham “patriotismo” para segurar os preços da cesta básica. Entretanto, o problema parece estar longe das gôndolas.

Segundo nota divulgada pela Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), o fator com mais impacto nessa alta é uma pressão no mercado internacional desde o início da pandemia. “Observou-se (desde a declaração de calamidade pública pela OMS em março) um aumento significativo na demanda do mercado externo, o que, somado à restrição de oferta do por alguns países exportadores, com vistas a assegurar o abastecimento interno, ocasionou a forte valorização do grão”, diz o texto.

A alta do dólar frente ao real também está entre os motivos para que o alimento chegue mais caro até os supermercados. “A elevação do câmbio que, além de tornar atrativas as exportações do arroz em casca brasileiro, praticamente inviabilizou as importações do produto dos parceiros do Mercosul”, cita a nota da Abiarroz.

Outros alimentos

Para os consumidores finais, as explicações ficam em segundo plano frente à falta que o alimento pode fazer nas mesas de famílias em todo o país. Ainda mais porque outros itens da cesta básica, especialmente ligados ao mercado de grãos — como óleo e leite de soja, além do feijão — tiveram índice de reajuste parecido com o do arroz no mês de agosto.

De acordo com o IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,23% em agosto, após ter registrado 0,30% em julho. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 0,90% e, em 12 meses, de 2,28%, acima dos 2,13% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Tags:
Compartilhar Post:
Especial Publicitário