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Prefeitura divulga lista dos vencedores dos Prêmios Literários Cidade de Manaus 2022

Cada autor foi premiado com o valor de R$ 5 mil reais na categoria nacional e R$ 3 mil, na regional
(Foto: Antônio Pereira/Semcom)

Manaus (AM) – A Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) e o Conselho Municipal de Cultura (Concultura), divulgaram nesta quarta-feira (10), a lista dos nove vencedores da 11ª edição dos Prêmios Literários Cidade de Manaus 2022. A coletiva, realizada na sede do Concultura, contou com a presença dos três escritores amazonenses vencedores nas categorias de contos e ensaios.

Dos 876 inscritos, nove se destacaram, entre eles estão três amazonenses ganhadores nas categorias: Contos, com a obra “A Lança de Anhangá”, de Ricardo Lima da Silva; a premiação regional, de Ensaios, com o título “Os fluxos Culturais do Wãnkõ Kaçauaré em Festas Populares na Amazônia”, de Socorro de Souza Batalha; e tradições populares, de Ensaios, de Agenor Cavalcanti de Vasconcelos Neto, com a obra “Kuximauara: A Música de Antigamente da Amazônia Indígena”. Cada autor foi premiado com o valor de R$ 5 mil reais na categoria nacional e R$ 3 mil, na regional, além da impressão em papel das obras.

O presidente do Concultura, Tenório Telles, anunciou que, no próximo ano, a premiação em dinheiro terá aumento para R$ 8 mil, para ambas as categorias nacional e local, nivelando o valor das autorias. Segundo Tenório, a valorização, promoção e mudanças têm levado os escritores amazonenses a se inscreverem maciçamente e a vencerem nas categorias mais disputadas nacionalmente.

“Na atual gestão municipal, os Prêmios têm batido recorde de inscrições, se transformando em um dos principais prêmios literários do país. Isso é motivo de muita alegria, de muita satisfação, verificar que os intelectuais, as pessoas que se dedicam à escrita na nossa terra, estão trabalhando, estão produzindo e, evidentemente, o Concultura e Manauscult, com o apoio do prefeito David Almeida, se sentem muito honrados, e felizes de estar possibilitando que esses artistas possam ter suas obras reconhecidas”, disse o presidente.

Vencedores

Ricardo Lima da Silva, vencedor do prêmio de Contos, na categoria nacional, destaca a satisfação de estar entre os autores selecionados. “Eu estou muito emocionado, porque o prêmio leva o nome do escritor Arthur Engrácio que foi uma das minhas principais referências literárias, e li toda a obra dele. Quanto à disputa, não tinha expectativa de ganhar um prêmio tão concorrido com autores de todo o país. Minha obra gira em torno da ficção especulativa: ficção científica, fantasia e terror que se passa em cenário com histórias conectadas com a cultura amazônica”, disse.

Vencedor na categoria de ensaios sobre tradições populares, o escritor Agenor Cavalcanti de Vasconcelos Neto fez uma descrição da cultura indígena de São Gabriel da Cachoeira.

“Fiz um estudo da etnografia, que além da parte científica e da parte literária, eu conto e faço a descrição desse trabalho de campo que eu realizei lá. Uma tese onde mostro como é um forró indígena, como é uma festa contemporânea, como se mantém os traços mais antigos das narrativas dos povos mais antigos, e que estão presentes até hoje. Quanto ao prêmio, para gente é superimportante, como uma obra que ainda está no processo de amadurecimento. É um reconhecimento que instiga muito a gente, ele não é uma questão simplesmente financeira. Essas iniciativas nos impulsionam a participar de outros concursos, outros editais e continuar fazendo Literatura, arte nesse nosso contexto superconcorrido e é uma ajuda assim imensurável para um autor jovem”, ressaltou Vasconcelos Neto.

A parintinense e doutora pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Socorro de Souza Batalha, foi vencedora na categoria melhor texto com temática amazônica, prêmio Djalma Batista, com o tema ‘Parintinização: Os fluxos Culturais do Wãnkõ Kaçauaré em Festas Populares na Amazônia’.

A obra é resultado da tese de doutorado que foi premiada como a melhor tese na Ufam, e é um texto que vivencia uma rede de trabalhadores do artesanato, de artistas que circulam o ano todo na Amazônia, produzindo arte e sobrevivendo dela. “Sou de Parintins, mas moro há mais de dez anos em Manaus, e vim para estudar. Então, parabenizo o Conselho de Cultura pela oportunidade de publicar um texto impresso em livro, de um estudo, de muitos anos de pesquisa”, elogiou Socorro.

O professor da Ufam, o antropólogo Ademir Ramos, presente no evento, destacou a importância da temática cultural dos povos originários e amazônicos como objeto das obras vencedoras. “Os três vencedores são oriundos da Academia, mostrando a importância estratégica do ensino público para a sociedade”, comentou.

Premiações

Os demais vencedores foram: o prêmio Álvaro Maia, melhor romance ou novela: “Fragmentos – Manaus, de autoria”, de Eduardo Von Sperling, de Belo Horizonte (MG); prêmio Violeta Branca Menescal, destinado ao melhor livro de poesia: “Horóscopo de Batizar Brumas Contra a Solidão das Asas”, de Airton Souza de Oliveira, da cidade de  Marabá (PA); prêmio Samuel Benchimol, destinado ao melhor livro de ensaios: “Exercício: Ensaios”, de Vanessa Carneiro Rodrigues, de Curitiba (PR); prêmio Áureo Nonato, de memória e jornalismo literário: “O Rio, O Mundo e Eu: Uma Memória Filosófica & Sentimental”, de Ivo Korytowski, da cidade do Rio de Janeiro (RJ); prêmio Alfredo Fernandes, ao melhor texto de literatura infantil: “A Engolidora de Palavras”, de  Gisele Garcia,  Brasília (DF); prêmio Álvaro Braga, texto de teatro infantil: “A Casa do Homem’, de Ed Anderson Mascarenhas Silva, São Paulo (SP).

Os Prêmios Literários Cidade de Manaus se consolidam pela seriedade e relevância da premiação, como um dos concursos literários mais importantes do país.

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