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Procurador eleitoral aceita processo a favor da extinção do PT

A decisão é baseada nos depoimentos colhidos durante a Operação Lava Jato. Gleisi Hoffmann, diretora nacional do PT, chamou o processo de coisa fantasia.
procurador extinção pt
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Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, aceitou neste sábado (04) o processo que pede o cancelamento – extinção – do Partido dos Trabalhadores (PT).

A informação foi divulgada pelo colunista Fausto Macedo, no jornal Estadão.

Segundo Fausto, processo é baseado nos depoimentos colhidos durante as diligências da ‘Operação Lava Jato’ contra o PT, onde aponta que o partido recebeu recursos de forma ilícita de ordem estrangeira, ferindo o inciso I do artigo 28 da Lei dos Partidos Políticos.

“Diante de tal contexto, forçoso reconhecer a existência de indícios suficientes do recebimento, por parte do Partido dos Trabalhadores – PT, ora requerido, via interpostas pessoas, de recursos oriundos de pessoas jurídicas estrangeiras (Keppel FELS e Toshiba), inclusive para pagamento de despesas contraídas pelo próprio partido, a evidenciar, em tese, interesse direto da instituição partidária e não apenas de dirigente seu”, disse o vice-procurador-eleitoral.

Resposta

Em nota, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a decisão é totalmente ultrajante e fantasiosa.

“É ultrajante e fantasiosa a admissibilidade pelo vice-procurador-geral eleitoral (…) Não há provas e nem indícios de que o PT tenha recebido recursos oriundos do exterior, o que nunca aconteceu. A decisão é arbitrária e política, sem amparo em fatos ou na realidade”, disse a nota.

Confira a nota do PT na íntegra

“É ultrajante e fantasiosa a admissibilidade pelo vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Goés de pedido para cancelamento do registro do Partido dos Trabalhadores junto à Justiça Eleitoral.

Não há provas e nem indícios de que o PT tenha recebido recursos oriundos do exterior, o que nunca aconteceu. A decisão é arbitrária e política, sem amparo em fatos ou na realidade.

O pretexto usado pelo MP Eleitoral é irreal. Mais uma vez temos o lawfare — o uso do direito e do sistema jurídico contra o inimigo — para perseguir os adversários do regime e do atual presidente.

Na história da República, somente em períodos de arbítrio, como nos anos 40 e 60, em que ditaduras calaram a voz de opositores, partidos políticos tiveram seus registros cassados, a exemplo do Partido Comunista Brasileiro.

O PT tem 40 anos de história em defesa da democracia e do povo brasileiro, e uma longa tradição em luta pelos direitos sociais no país, contra o abuso do poder político e econômico e por uma sociedade menos desigual.

O Ministério Público pode querer calar a voz da oposição, atendendo aos desejos do governo, só isso justifica a admissão de um pedido esdrúxulo e ilegal como este.

Gleisi Hoffmann
Partido dos Trabalhadores”

Da Redação com informações do Estadão

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