O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse à um veículo de imprensa na tarde desta segunda-feira (1) que não pautará o impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro.
Engavetados na Mesa Diretora da Câmara, somam-se mais de 60 pedidos registrados nos últimos 2 anos. Uma média de 1 pedido ou mais a cada 15 dias.
Segundo as últimas informações, na noite de ontem (31), quando o DEM declarou neutralidade na eleição da Casa e o deputado sentiu-se abandonado no apoio a Baleia Rossi (MDB), ele teria ameaçado desengavetar algum pedido de impeachment.
Rodrigo Maia vive hoje (1) o último dia de sua presidência na Câmara dos Deputados.
No domingo (31), em reunião tensa com representantes do DEM e da esquerda, Maia acenou com a possibilidade de dar andamento a um desses pedidos.
A ameaça foi feita em resposta à debandada de integrantes do DEM, partido de Maia, para a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) – candidato do Planalto – na disputa pela presidência da Câmara, que ocorre nesta segunda.
Segundo relatos de presentes, ACM Neto, presidente do DEM, informou a Maia e aos demais que 16 deputados do partido haviam decidido votar em Lira, deixando o candidato do atual presidente da Casa, Baleia Rossi (MDB-SP), com apenas 15 deputados da sigla – um tiro de misericórdia na candidatura do emedebista.
Na manhã desta segunda-feira (1º), Lira chegou a incluir em sua agenda um ato de adesão formal do DEM à sua candidatura. O encontro, porém, não foi realizado após um veto de ACM Neto. A candidatura do parlamentar, entretanto, continua a contar com cerca de metade dos votos do DEM.
Foto: Divulgação
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