Em uma entrevista concedida a uma emissora de TV local, o secretário Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), Sabá Reis, disse que Manaus não voltará a ter enterros em covas coletivas como na primeira onda de mortes provocadas pela Covid-19, mesmo com o aumento de sepultamentos diários que a cidade vem tendo nas últimas semanas.
No último domingo (10), foram registrados 144 enterros, desses 38 declarados como Covid-19, e quatro casos suspeitos. Esse total de sepultamentos é o maior número desde que a pandemia provocada pelo novo coronavírus iniciou na capital, no caso março de 2020.
De acordo com o secretário, no cemitério Nossa Senhora Aparecida, localizado no bairro Tarumã, zona Oeste de Manaus, ja existe 326 covas verticais, mais conhecidas como gavetas, prontas para serem utilizadas e evitar a abertura de valas comuns.
“Nós vamos evitar sofrimento maior, dor das pessoas. Aqui não terá vala coletiva, ninguém será sepultado um em cima do outro. “Nós não utilizamos nenhuma ainda [covas verticais], até porque culturalmente a nossa população é acostumada em sepultar as pessoas na cova, mas na hora que não tiver mais cova, as pessoas vão ter que entender que será aí mesmo. Além disso, nós temos no crematório de Iranduba, quase 400 procedimentos de cremação, mas as pessoas não querem ser cremadas. É muito raro”, disse.
Sabá disse ainda que é previsto o retorno de câmaras frias para o cemitério Nossa Senhora Aparecida, um dos maiores da cidade, e que recebe o maior número de seputamentos.
Valas comuns
Um dos períodos mais preocupantes quanto aos enterros em valas comuns aconteceu entre abril e junho de 2020, quando o cemitério Nossa Senhora Aparecida recebeu o maior número de enterros e caixões eram enterrados e empilhados na mesma cova. Na ocasião, o número de mortes ficou 108% acima da média histórica e o sistema público de saúde e o funerário entraram em colapso, chegando até a faltar caixões para realização dos sepultamentos.
Casos da Covid-19
O Amazonas registrou até este domingo (10), 213.961 mil casos de pessoas infectadas com o vírus. Na capita, esse número é de 89.570, o que correponde a 41,86% dos casos, além de 3.716 óbitos confirmados em decorrência do novo coronavírus.
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