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‘Ser mãe é ver o filho entre a vida e a morte e buscar forças para prosseguir’, diz mulher que viu filho ser atropelado

Eu amo ver meu filho se transformando em uma pessoa linda, que sabe respeitar todos e tudo, que conhece limite e sabe respeitar as diferenças
Foto: Acervo Pessoal

Sensação de ter um filho entre a vida e a morte foi o drama vivido por Ane Celeste Souza de Freitas, de 36 anos. Ela é uma dessas mãe que buscou forças em Nossa Senhora, de quem é devota, para conseguir passar pelo que considera ter sido o momento mais difícil da maternidade.

Em 2019, Ane estava em frente de sua casa vigiando o momento de lazer do seu filho, o estudante Thiago Souza Sobrinho, que atualmente está com 15 anos. Para que nada de mal lhe acontecesse, ela ficou em sentinela, foi em questão de segundos que ele sofreu um acidente e foi atropelado na rua em que mora, praticamente embaixo de seus olhos, sob sua guarda.

Thiago estava brincando na rua, em frente de casa mesmo, quando houve o acidente.

Após ser atropelado, o adolescente caiu desacordado, ele brincava com outros meninos da rua, e em um piscar de olhos aconteceu aquilo que foi para Ane Celeste um momento de horror. Ao perceber a queda e vê-lo desmaiado, Ane não pensou duas vez.

“Quando eu vi meu filho caído e desmaiado, eu me joguei ao lado dele e supliquei que ele acordasse, eu pedi para ele acordar e com todas as minha forças eu dizia: meu filho a mamãe precisa de você”.

Ane lembra que a vizinhança também ficou aflita e estava tentando o socorro quando o menino acordou e levantou, normal como se nada tivesse acontecido. Ele disse apenas que queria ir para casa pois estava com muito sono.

Mesmo com todo o pessoal se mobilizando para levá-lo ao hospital, Ane foi para dentro de casa. No entanto, se lembrou, como que por intuito, que se tratava de um baque na cabeça, e que é muito perigoso e precisava sim de atenção.

“Eu estava em choque ainda, pois afinal, eu estava vigiando ele quando o acidente ocorreu, e eu devia sim, levar ele no hospital, e fiz isso”, relata Ane Celeste.

Ao chegar na unidade de saúde, Thiago foi levado para fazer um exame de tomografia de crânio – que é um procedimento não invasivo, que permite o médico avaliar imagens do cérebro, ossos da face e mandíbula – para surpresa de Ane, quando o médico retornou disse que seu filho teria de ir às pressas para o centro de urgência, pois ele poderia desmaiar novamente e não acordar nunca mais.

“Eu fiquei muito angustiada e desesperada, Acreditava sim na recuperação dele, mas ao mesmo tempo, aquele medo em saber que o meu filho estava com o crânio aberto e os médicos fazendo a retirada dos coágulos me deixou aflita e com medo de perder meu filho. Foi aí que me apeguei com Nossa Senhora, sabe, eu sou muito devota de Nossa Senhora, e ela também é mãe”, acautelou Ane.

A mãe aflita disse que se apegou nas orações durante cerca de nove horas, que foi o tempo que levou a cirurgia de Thiago, para a retirada de coágulos que estavam na sua cabeça.

“Clamei ali mesmo, e minhas orações eram para que ela segurasse em suas mãozinhas e lhe ajudasse a passar por aquele momento. E, não tenho dúvidas que ela, a Santa, estava ao lado dele e fez com que tudo desse certo durante a cirurgia,” salienta.

Ana disse que Thiago ficou durante 10 dias hospitalizado para observação e recuperação da cirurgia na cabeça. Nesse período mais crítico da recuperação e dos cuidados ela teve muito medo de perdê-lo, se alimentava na fé em Deus buscando a força necessária em sua Santa protetora.

“Eu sou muita grata a Deus pela recuperação de meu filho. Sei que Deus esteve segurando as mãos dos médicos. Agradeço também aos médicos pois prestaram todo o atendimento que era necessário para o meu filho”, reconhece Ane.

Mas Ane Celeste assegura que tudo foi devido ao seu instinto materno, que levou de imediato, mesmo atônita e sem nada aparente, ela pegou o menino e conduziu ao hospital. Se demorasse mais alguns minutos ele não teria tido outra oportunidade para a pronta recuperação de seu filho.

“Se eu não tivesse levado o meu filho naquele momento ao hospital, ele teria morrido. Foi meu instituto de mãe. E eu nunca seria completa sem meu filho. Eu não consigo nem imaginar isso. Só de pensar eu passo mal. Ele é minha razão de viver, quem me dá forças pra seguir”. constata Ane Celeste.

E complementa como é o sentimento, de após quase perder o filho, poder vê-lo bem novamente e se encaminhando na vida que dá indícios de ser só sucesso.

“Eu amo ver meu filho se transformando em uma pessoa linda, que sabe respeitar todos e tudo, que conhece limite e sabe respeitar as diferenças, que tem discernimento para compreender o que é diferença social e que isso é uma norma. Sim, eu sinto orgulho de ter sido a pessoa escolhida por Deus para ser a responsável por criar esse menino que está se transformando em um jovem lindo e responsável”, destaca a mãe coruja.

“Eu cuido do meu filho e protejo como uma mãe precisa fazer. Sou ciumenta, confesso, mas deixo ele livre para fazer suas próprias escolhas, pois sei que ele tem todas as ferramentas para seguir o próprio destino e ter sucesso na vida sem jamais de desviar”, frisa.

Para Ane, a responsabilidade em criar menino ou menina está na capacidade de se doar. “É muito fácil ser mãe quando se ama. Independentemente do que aconteça, das circunstâncias. Mãe de menino ou menina não importa. O que importa é a entrega de amor, isso é o suficiente para fazer uma pessoa de bem,”, acredita Ane Celeste, que deseja a todas as mamães de Manaus e do Amazonas um excelente dia.

“Feliz dia das mães!
Feliz da mulher que recebeu e concebeu essa benção, Feliz da mulher que tomou pra si os filhos de outras pessoas através de adoção, e Feliz dia daquelas que tentam incansavelmente ser mãe.
Mãe nada mais é que o anjo de Deus na terra. ❤” deseja a mãezinha de Thiago, que passou por um tremendo susto em sua mãezinha, mas agora enche a mãe coruja de orgulho e muito carinho.

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