(Imagem: Reprodução RedeTV / Tv A Crítica)
A estreia do apresentador Sikera Junior em rede nacional, na noite desta segunda-feira (28), pela Rede TV!, se mostrou um acerto de audiência. Mesmo após o fim da transmissão em rede, quando o programa já era exibido apenas para o Amazonas, o “Alerta Nacional” se manteve em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Brasil, nas principais capitais do País e estava na 5ª posição mundial – chegou a ser 3º com o programa no ar.
Mesmo sem apresentar grande novidades em relação ao formato, e mantendo a irreverência que já é conhecida no Amazonas, a estreia deu mostras de que a Rede Calderaro de Comunicação pode ter encontrado o caminho para pavimentar uma estrada de produções nacionais, fora das amarras naturais de estar vinculada a uma grande rede. Desta forma, aos poucos, vai mostrando que o desligamento do grupo Record pode não ter sido um negócio tão ruim.
Com a estreia de Sikera, a audiência também subiu – e muito. Segundo o portal Canaã, no horário de 18h ás 19h30 (Brasília), a média de 0,3 ponto registrada nesta segunda-feira (27), durante a exibição dos programas “Tricotando” e “Papo de Bola”, aumentou para 1,0 ponto, chegando a picos de 1,7. Parece pouco, frente à líder Globo e seus 20%, mas representa um aumento de 370% na audiência de um dia para o outro. Isso prova o potencial que ainda pode ser explorado caso haja uma real consolidação do programa no cenário nacional, o que é seu próximo desafio.
Somado a isso, há ainda um viés político que pode contribuir para que a atração gerada a partir do Amazonas seja muito falada. O discurso “anti-bandido”, comum não apenas ao apresentar pernambucano, mas em diversos programas semelhantes, vai exatamente ao encontro de um movimento crescente por este tipo de fala.
O movimento “anti-Globo”, encabeçado especialmente por eleitores fiéis ao presidente Jair Bolsonaro e políticos com viés semelhante torna o “Alerta Nacional” uma ótima opção para agradar aos ouvidos sedentos pelo discurso “justiceiro” ao mesmo tempo em que pode se tornar uma pedra no sapato da emissora carioca.
Raphael Sampaio