A poucas horas de deixar o cargo, o presidente Donald Trump concedeu perdão a seu ex-assessor e ideólogo da extrema direita americana Steve Bannon.
Steve Bannon é acusado de ter participado de uma fraude numa campanha virtual de doações relacionada à construção de um muro na fronteira entre EUA e México, uma promessa de Trump.
Ele chegou a ser preso em agosto, e foi liberado em seguida após pagar fiança de US$ 5 milhões (R$ 26,8 milhões).
Segundo o The New York Times, assessores de Trump passaram o dia tentando demovê-lo da ideia de conceder o perdão a Bannon. O jornali diz ainda que o republicano conversou com Bannon por telefone nesta terça-feira (19).
Bannon ainda não foi condenado. Na prática, o perdão concedido por Trump o livra das acusações de fraude.
Steve Bannon é um dos fundadores do Breitbart, um dos principais veículos independentes e de viés conservador nos Estados Unidos.
Ele coordenou a campanha de Trump à Presidência em 2016, e ocupou o cargo de estrategista-chefe da Casa Branca nos primeiros meses do governo do republicano.
O perdão a Bannon é uma das últimas ações de Trump na Presidência. Nesta quarta-feira (20), o democrata Joe Biden tomará posse após derrotar Trump nas eleições de novembro —o republicano não comparecerá à cerimônia, rompendo com a tradição de transferência de poder nos EUA.
Bannon também é próximo da família Bolsonaro. Ele criou um projeto chamado “O Movimento”, para unir líderes populistas de direita pelo mundo, e nomeou o deputado federal Eduardo Bolsonaro como seu representante no Brasil.
Além de Bannon, Trump também decidiu conceder perdão a Elliot Broidy, um doador da campanha do republicano que confessou ter conspirado para violar leis estrangeiras sobre lobby político.
O republicano não concederá perdão a seu advogado, Rudy Giuliani. Trump tampouco concederá perdão a seus familiares ou a si mesmo, diferentemente do que vinha sendo especulado nas últimas semanas.
Com informações do The New York Times
Foto: Divulgação
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