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‘Suframa vem perdendo poder e já não é mais a mesma de antigamente’, avalia Serafim

Serafim Corrêa fez elogio aos ex-superintendentes Rui Lins, Igrejas Lopes, Aloysio Campello - nomeados durante o regime militar brasileiro
'Suframa vem perdendo poder e já não é mais a mesma de antigamente', avalia Serafim

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou nesta sexta-feira (7) ao programa Resenha Política, do Portal Tucumã, que a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) vem perdendo poder, ficando vulnerável à arbitrariedades do ministério da Economia. O parlamentar critica fortemente a atuação do atual secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre Jorge Da Costa, que tirou da pauta o investimento de 350 milhões da LG Eletronics do Brasil para a Zona Franca de Manaus no dia 28 de Abril de 2021.

“Minha opinião é de que isso é um absurdo. Nós estamos num mundo em que os Estados disputam investimentos. Na hora em que o Amazonas consegue trazer um investimento de 350 milhões de reais para produzir computadores, apresenta o projeto, o projeto tem todo um trâmite administrativo e burocrático, recebe todos os pareceres favoráveis e na reunião prévia todos estavam de acordo que o projeto fosse aprovado, mas quando chega na hora um representante do ministro Paulo Guedes, do nada, sem nenhuma justificativa, tira de pauta o projeto porque ele achou que o investimento era “muito alto e iria gerar poucos empregos”, afirmou Serafim.

O parlamentar explica que os investimentos não devem ser retirados por decisões consolidas internamente pela empresa LG.

”Mas esse problema, é um problema da empresa. As empresa tinha duas plantas industriais, uma em São Paulo e outra em Manaus. Os incentivos para bens de informática são os mesmos em Manaus e em São Paulo, mas a empresa fez uma opção de vir para Manaus, de concentrar a sua planta em Manaus. Ora, isso é uma decisão madura tomada, inclusive fora do Brasil. Ai depois de tudo encaminhado, tudo deslanchado, ele com uma canetada e retira de pauta porque ele quis retirar de pauta ? É muito ruim”.

Para Serafim Corrêa, a arbitrariedade na reunião é um claro exemplo da perda de poder e autonomia que a Suframa vem sofrendo, segundo ele, desde o período Collor.

“Mas isso é também consequência da perda de poder da Suframa ao longo dos últimos 30 anos, a partir do Governo Collor. E hoje em dia a Suframa não é nem de longo o que ela foi no passado na época, por exemplo, dos superintendentes Rui Lins, Igrejas Lopes, Aloysio Campello, que eram pessoas que tinham autonomia, tinham controle e que decidiam”, afirmou.

Serafim Corrêa continuou desferindo duras críticas ao secretário Carlos Alexandre Jorge Da Costa:

“Hoje o poder de decisão está na mão de um burocrata brasiliense e que nem sempre tem a visão correta da Amazônia. Tem uma visão muito mais ampla da orla da Copa Cabana ou então da Avenida Paulista, que é o caso do secretário de Guedes, Carlos Costa”.

E também não poupou o ministro Paulo Guedes, do qual retirou a alcunha de ‘liberal’:

“O ministro Paulo Guedes é um liberal que prometeu mundos e fundos mas que não conseguiu implantar uma única proposta liberal para o Governo Bolsonaro. Ele não é liberal, ele é na verdade alguém que veio da academia e do mercado financeiro e que só olha o Brasil do ‘Tratado de Tordesilhas’. No Tratado de Tordesilhas, o Brasil era uma nesca de terra. Quem conquistou a Amazônia foram os portugueses que tomaram esses territórios dos espanhóis. E sempre teve, essa briga ai entre o Brasil do Grão-Pará e o Brasil que não é do Grão-Pará. Muito bem, então pra ele (Guedes) só interessa tirar da Amazônia aquilo que renda dólares, que renda produto de exportação”, declarou Corrêa.

Segundo o deputado estadual Serafim Corrêa, o atual ministro da economia se interessa apenas pela exploração de ganhos e recursos econômicos na região para as demais do Brasil, sem destinar o devido retorno aos Estados que estão inseridos na região que engloba a Amazônia Legal:

“Por exemplo, é muito bom pra ele que ter 10 bilhões de dólares de superávit com minério do Pará. É muito bom pra ele produzir energia na Amazônia com quatro hidrelétricas gigantes (Santo Antônio, Jirau, Belo Monte e Tucuruí) para abastecer o Sudeste, com o ICM (imposto) ficando no Sudeste. Nem o imposto (recolhido) da energia fica aqui”, finalizou Corrêa.

Confira entrevista na íntegra:

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