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Superação: a história do casal que vendeu empadas para pagar estudos e entrou na PM

O casal passou no concurso para a Polícia Militar a custo de muito esforço, persistência e parceria. Eles vendiam empadinhas para pagar o cursinho preparatório.
Casal que vendia empadas para pagar estudos passa no concurso da PM - Foto: Carlos Alberto Jr./ G1

“Quem acredita, sempre alcança”. Com muita persistência e parceria, o casal de policiais militares Agapito, de 29 anos, e Ângela Martins, de 26, alcançaram o sonho de iniciar a carreira militar, após muitas noites em claro estudando e fazendo empadinhas para vender a ajudar a pagar cursinho preparatório.

Os dois soldados trabalham juntos no 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), do estado do Amapá, repedindo a cumplicidade que existe entre eles desde o início do ensino médio.

Agapito e Ângela contam que se conheceram e se apaixonaram no período em que se preparavam para o vestibular. Foi então que perceberam os interesses em comum e decidiram unir forças para alcançar seus objetivos. O casal está junto há 12 anos.

“Queríamos fazer o mesmo curso [licenciatura em letras/espanhol] e entramos juntos no vestibular. Acabamos ficando na mesma turma e nosso laço só se fortaleceu durante o período acadêmico”, contou Ângela.
No decorrer do curso eles se casaram e viram a necessidade de serem independentes. Foi então que surgiu a ideia de vender, inicialmente doces, dentro da universidade para poderem ter uma renda.

“A gente tinha que se sustentar de alguma forma, então procuramos uma maneira que também não atrapalhasse nossos estudos. Eu preparava os doces, enquanto Agapito, que sempre foi mais sociável, os vendia nas dependências da universidade”, explicou a soldada.

Após muito esforço, veio o reconhecimento – Foto: Arquivo Pessoal

Ao fim do curso, eles decidiram ser funcionários públicos concursados do serviço militar. Influenciados por familiares militares, os dois iniciaram o processo de preparação para conquistar as vagas, mas isso envolveu anos de frustração, noites sem dormir e a venda de muitas empadas.

“Foram quase dois anos de muito sacrifício. Nossa união foi fundamental para passarmos juntos no concurso. Se um desistisse, provavelmente nenhum dos dois seria policial hoje”, disse Agapito. Durante o período em que estudavam para o concurso público, a rotina do casal era cheia e ambos tinham que estar em sintonia para poder conciliar trabalho e estudos. Ângela produzia as empadas pela manhã e no período da tarde Agapito vendia os salgados na orla, Centro e órgãos públicos de Macapá. Enquanto isso, Ângela estudava em um cursinho. À noite, em casa, o casal revisava junto os conteúdos.

“Não tínhamos tempo e nem dinheiro para que ambos estudassem no cursinho, então decidimos adequar nossa rotina para que os dois pudessem ter chances se passar no concurso e se sustentar”, explicou Ângela. Após duas tentativas frustradas, incluindo para o concurso da PM no Pará, o casal foi classificado para o curso de preparação há cerca de sete meses. Agapito e Ângela se dizem realizados, mas ainda galgam outras conquistas dentro da corporação.

“O sentimento é de realização. Antes tínhamos uma cesta cheia de empadas e incertezas, hoje estamos caminhando juntos, como sempre, iniciando a carreira que cobiçamos. Agora é focar em crescer dentro da PM”, finalizou o casal.
A história foi contada em 2019, mas voltou a ganhar destaque agora em 2020 nas redes sociais, em meio às dificuldades enfrentadas por diversos vendedores autônomos na pandemia.

Com a venda das empadinhas eles pagavam o cursinho – Foto: Arquivo Pessoal

Com informações: G1

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